Como faz notar o comunicado da Secretaria de Estado, esta iniciativa decorre de uma sugestão surgida no decorrer das congregações gerais que antecederam o conclave do último mês.
É a seguinte a constituição do grupo:
- Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano
- Francisco Javier Errazuriz Ossa, Arcebispo emérito de Santiago do Chile
- Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaím (Índia)
- Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Fresinga (Alemanha);
- Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo)
- Sean Patrick O’Malley. O.F.M. Cap., Arcebispo de Boston (EUA);
- George Pell, Arcebispo de Sidney (Austrália)
- Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga S.D.B., Arcebispo de Tegucigalpa (Honduras) e Presidente da Caritas Internacional , que exercerá a função de coordenador do grupo.
Num post sobre esta notícia, John L. Allen Jr, um vaticanista do National Catholic Reporter, chama a atenção para o facto de haver, neste grupo, cardeais oriundos dos vários continentes e apenas um da Cúria romana. E observa ainda:
"A um primeiro olhar, todos estes cardeais parecem ser personalidades fortes. Vários deles manifestaram críticas ao longo dos anos sobre diferentes aspetos da atuação do Vaticano, enquanto dois, o cardeal Sean O'Malley, de Boston, e o cardeal Reinhard Marx, de Munique, Alemanha, desempenharam papéis-chave na resposta da Igreja à crise dos abusos sexuais sobre crianças".Um outro comentário vem publicado no site Vatican Insider. O colaborador deste espaço de atualidade vaticana do jornal La Stampa, Gerard O'Connell, observa:
"Uma análise dos oito cardeais escolhidos mostra que sete têm experiência pastoral no governo das dioceses que regem ampla e um é um experiente diplomata da Santa Sé; trazem com eles uma experiência de campo rica e diversificada. Não são pessoas que pensam todas da mesma forma, e isso representa também um ponto a seu favor. Tal como em Buenos Aires, também em Roma ele [Papa Francisco] não quer rodear-se de 'yes-men', quer evitar o "síndrome de conformidade" [groupthink syndrome]. Ele quer que os conselheiros lhe digam o que pensam, e não apenas as coisas que eles pensam ou imaginar que ele quer ouvir. Ele deseja ouvir diferentes pontos de vista, para que possa tomar decisões boas para o benefício de toda a Igreja e de todo o mundo que ela é chamada a servir".A Constituição Apostólica Pastor Bonus, publicada há cerca de 25 anos, pelo Papa João Paulo II, refere-se à estrutura, competência e modo de proceder da Cúria e dos diferentes Dicastérios.
(Ilustração da autoria de Pat Marrin, publicada no NCR)
Quantos laicos na comissao? Quantas mulheres? Esperavamos mais, muito mais...
ResponderEliminarEu preferia que as pessoas se identificassem, nos comentários que fazem neste blogue; temos todos a ganhar com o debate franco de ideias. Obrigado. António Marujo
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