sábado, 10 de setembro de 2016

Com o erro se aprende



No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, escreve Vítor Gonçalves:

Aquele que se julgava tão cumpridor e “certinho” acaba por “desafinar”, ao não aceitar o perdão que o pai deu ao irmão mais novo. Continuamos à espera da sua entrada na festa! Mas, “desafinar” rima com o magnífico filme “Florence”, sobre Florence Foster-Jenkins, uma cantora norte-americana “desafinadíssima”, soberbamente interpretada por Meryl Streep. Não é fácil entender todo o amor que dimanava da sua vida e da dos que a rodeavam, pois, como cantava João Gilberto, “no peito dos desafinados / Também bate um coração.” O seu amor à música e às artes exprime-se nas suas palavras: “Poderão dizer que cantava muito mal, mas não poderão dizer que não cantei!”. Perdoem-me, mas creio que Deus ama muito os desafinados. E infelizes os que, por medo de errar, nunca tentam!
(texto na íntegra aqui; ilustração de Bernadette Lopez, Berna, reproduzida daqui)

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