Crónicas
Nas crónicas do último fim-de-semana, dois dos textos retomam o
discurso do Papa aos responsáveis da Cúria Romana, por ocasião da saudação
natalícia. Anselmo Borges escrevia sábado no DN sobre o Catálogo das doenças da Cúria:
Francisco é consciente de que, sem
reformas estruturais na Igreja, corre o risco de, desaparecendo ele, o seu
pontificado vir a ser considerado como um simples parêntesis. Por isso, invocou
a urgência de conversão da Cúria. Fê-lo, à luz do Evangelho, frente à Cúria e
sabendo que a maior parte da Igreja e da opinião pública mundial está do seu
lado.
(texto disponível na íntegra aqui)
Fernando Calado Rodrigues escrevia, sexta-feira, no Correio da
Manhã, sob o título Papa acolhe e
corrige:
O Papa Bergoglio, pelo contrário,
propõe uma mensagem de acolhimento aos que estão distantes, sobrepondo a
misericórdia à lei. E tem palavras de rigor, e de muita exigência, para o
interior da Igreja, a começar pela Cúria. É um Papa que acolhe e que corrige.
(texto disponível na íntegra aqui)
Domingo, no Público, frei Bento
Domingues também terminava o seu texto com uma referência ao tema. Mas o
assunto principal era ainda uma análise à relação entre catolicismo e
ortodoxia, a pretexto da recente viagem do Papa a Istambul e da assinatura da
declaração comum entre o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu. Com o título Um milénio entre a excomunhão e a bênção, escrevia:
Não é uma Declaração para servir
as respectivas “sacristias”, mas para colocar as duas Igrejas no horizonte das
suas responsabilidades no mundo, escutando as suas vozes: a voz dos pobres, que
pedem uma ajuda material necessária em muitas circunstâncias, mas sobretudo que
os ajudemos a defender a sua dignidade de pessoas humanas e a lutar contra as
causas estruturais da pobreza; a voz das vítimas dos conflitos, em diversas
partes do mundo - conflitos, muitas vezes entre grupos religiosos; a voz dos
jovens, que vivem sem esperança, dominados pelo desânimo e resignação e que vão
buscar a alegria apenas à posse de bens materiais e na satisfação das emoções
do momento. Devemos encorajar as multidões de jovens, ortodoxos, católicos e
protestantes, que se reúnem em Taizé, apressando o momento da unidade de
todos.
(texto disponível na íntegra aqui)