"1) O jornalismo português revela muita ignorância e preconceito em relação ao fenómeno religioso; 2) as instituições religiosas continuam a encarar os media com desconfiança e a não entender o fundamental da linguagem jornalística nem os desafios colocados pelos últimos avanços tecnológicos". Foram estas as duas premissas enunciadas e desenvolvidas pelo jornalista do Público António Marujo, na conferência que proferiu na passada segunda-feira, no Grémio Literário, em Lisboa, intitulada "Religião e Media: equívocos e possibilidades".
O jornalista, que falou na qualidade de galardoado com o Prémio John Templeton para o Jornalista Europeu de Assuntos Religiosos do ano 2005 (administrado pelo Departamento de Comunicações da Confêrencia das Igrejas Europeas e atribuído a este profissional pela segunda vez), apresentou um largo conjunto de casos e de experiências que lhe permitiram mostrar os preconceitos recíprocos que continuam a existir entre as Igrejas, designadamente a Católica, e os jornalistas.
A intervenção foi, na altura, comentada por Adelino Gomes, igualmente jornalista do Público, o qual recordou uma série de casos e de experiências ilustrativos do que era a relação entre a religião e os media até à altura do 25 de Abril de 1974.
O texto integral da conferência de António Marujo pode ser consultado no site da Conferência das Igrejas Europeias. A ele haveremos de voltar, pelas questões que coloca em debate.
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