«O cardeal Jàn Chryzostom Korec nasceu em Bosany, diocese de Nitra, em 22 de janeiro de 1924. Em 1949, os comunistas subiram ao poder na Checoslováquia. O jovem Jàn Korec foi, portanto, ordenado sacerdote secretamente em 1950, enquanto em 1951 se tornou o bispo mais jovem do mundo.
Uma ordenação episcopal, segundo narra o L'Osservatore Romano, “feita com muita pressa, em um apartamento, com medo de que a polícia irrompesse de um momento a outro”.
Durante 9 anos, desempenhou sua missão de sacerdote e de bispo numa fábrica, onde trabalhou como operário e depois como guarda noturno. Em 1960, foi detido, processado e condenado a 12 anos de prisão. Foi recluído num mosteiro transformado em prisão, onde havia outros 6 bispos e 200 sacerdotes.
Em seus anos de prisão, celebrou missa e, quando estava em isolamento, imaginava estar a fazer exercícios espirituais. Em 1968, com a “Primavera de Praga”, saiu da prisão gravemente doente. Para ganhar a vida, começou a trabalhar como lixeiro em Bratislava. Pela primeira vez, celebrou a missa em público.
Em 1969, chegou a reabilitação, com a qual pôde obter um passaporte para Roma, onde se encontrou com Paulo VI, o qual lhe entregou as insignias episcopais. Em 1974, no entanto, foi anulada a reabilitação e ele foi novamente preso, para cumprir os quatro anos que lhe faltavam da sentença primitiva. Libertado logo depois pelas suas más condições de saúde, continuou trabalhando como operário até os 60 anos.
João Paulo II nomeou-o bispo de Nitra em 1990 e instituiu-o cardeal em 1991. Em 1998, chamou-o ao Vaticano para pregar os exercícios espirituais da Quaresma. Durante vários anos, foi presidente da Conferência Episcopal Eslovaca.
Numa entrevista concedida a La Civiltà Cattolica (21 de fevereiro de 1987), afirmou: "Não me atribuo grandes méritos. Quanto mais passam os anos, mais vejo claro que o que tem importância pertence à graça, isto é, a Deus”.»
Este texto foi publicado ontem pela agência Zenit,a propósito dos 60 anos de ordenação episcopal do cardeal Jàn Chryzostom Korec e da carta que sobre a efeméride Bento XVI lhe enviou, considerando-o “pastor trabalhador, fiel e prudente”.
1 comentário:
A pessoa fala, fala, mas "Deus" não existe, por mais que diga o que disser...
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