A leitura do jornalista e especialista em assuntos do Vaticano John L. Allen Jr, do National Catholic Reporter, sobre a nomeação de 22 novos cardeais a realizar num Consistório que se efectuará em 18 de fevereiro próximo:
- "Re-italizanização" do Vaticano e do papado: entre os cardeais eleitores, os italianos passam de 22 para 25%, de longe o maior bloco nacional (ainda que isso não signifique que atuem em bloco);
- Reforço da lógica da Cúria romana: a maioria dos agora nomeados que são votantes ocupa funções nos organismos centrais da Igreja e, no conjunto dos cardeais, passam de um peso de 31 para 35% (mais de um terço);
- Ausência total de cardeais do continente africano, apesar de Bento XVI ainda recentemente ter considerado este continente um "pulmão espiritual" para a humanidade e uma zona decisiva para o futuro do catolicismo, Os Estados Unidos da América sozinhos têm tantos votantes no conclave como a África inteira;
- Uma colheita mais de pragmáticos e de gestores do que pensadores ou teólogos, não se podendo dizer que, com a nomeação, o Papa tenha pretendido marcar uma certa orientação "ideológica" para o futuro.
Relativamente ao caso do novo cardeal português, Manuel Monteiro de Castro, importa referir que a sua nomeação decorre, aparentemente, do facto de ter sido (ontem mesmo) nomeado chefe da Penitenciária Apostólica pelo Papa Bento XVI.
Act. em 9.1.2012:
Winners and Losers in the College of Cardinals, by Thomas Reese, SJ
1 comentário:
E viva a Igreja do Vaticano II...! Pela vossa santíssima saúde! É para chorar!
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