domingo, 28 de outubro de 2012

Mais dia, menos dia

(...) No dealbar das civilizações, o dia cíclico – do culto, da festa e da divindade – assumiu-se como pausa natural e inquestionável, descanso, regeneração pessoal e da comunidade.
O que estamos a verificar é uma tendência para fazer do domingo – que herdou, na nossa cultura, estas características – um dia igual aos outros, sem o que lhe é antropologicamente intrínseco. Um dia que é para a família, para a comunidade, o encontro, o gratuito e a gratuidade, a natureza, o ócio e o lazer que quebra rotinas, o simbólico e o espiritual, tende a ficar ao serviço do apetite voraz do lucro, com reflexo nas leis laborais e na organização empresarial. Numa visão exagerada – ou talvez não –, seria apenas um dia transformado em horas para troca, numa semana sem calendário, com descanso avulso.
Rever o sentido do domingo é um percurso que “poderia, mais «laicamente», fazer descobrir o sentido profundo do ser e do devir em que todos estamos mergulhados”

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