segunda-feira, 6 de junho de 2016

Resistências ao Papa, ética, saltos e humor

Na sua crónica deste sábado no DN, Anselmo Borges analisa vários episódios do que se tem passado (e pode vir a passar) na oposição ao Papa. Com o título A resistência a Francisco, termina a citar Tomás Halík:

Disse, com razão, o teólogo checo Tomás Halík, um dos mais influentes na actualidade, que fala da fé como “a coragem para entrar na nuvem do Mistério”: “Estou profundamente convencido de que o Papa Francisco inicia um novo capítulo na história do cristianismo. Teve a coragem de dizer que as tentativas para reduzir o cristianismo à moralidade sexual, à criminalização do aborto e à demonização dos gays e dos preservativos foram uma obsessão neurótica. Todos sabemos que a defesa dos que estão por nascer e da família tradicional é importante, mas esta agenda não deve ofuscar valores ainda mais importantes como o amor misericordioso, o perdão, a justiça social, a solidariedade com os pobres, a responsabilidade ambiental, a paz e o diálogo amigável entre pessoas de culturas, nações, raças e religiões diferentes. O Papa é uma personalidade profundamente espiritual com uma mensagem profética que ultrapassa as fronteiras entre Igrejas e religiões, cristãos e humanistas.”
(texto na íntegra aqui)


Domingo, no Público, frei Bento Domingues escrevia sobre Ética e religião:

Jesus de Nazaré pôs em causa o que havia de mais sagrado na religião em que cresceu, a partir de um postulado ético radical: o Sábado é para o ser humano e não o ser humano para o Sábado. O dia de Deus, para não se tornar o dia da suprema idolatria, tem de coincidir com o da promoção da maior liberdade. As instituições que não seguem este critério metem os humanos numa cadeia religiosa e fazem-lhes o que não fazem aos animais
(texto na íntegra aqui)


No comentário aos textos bíblicos da liturgia católica de Domingo passado, Vítor Gonçalves escrevia sobre O grande salto:

Nestas ruas de Roma recordo o gesto inesperado do poeta Rainer Maria Rilke ao oferecer, a uma pedinte de uma destas ruas, uma rosa. Imagino a surpresa dos seus olhos e o salto no coração pela beleza concentrada naquela flor. Nos três dias seguintes “viveu da rosa”, como respondeu o poeta ao seu amigo. A beleza convida-nos a um salto redentor: largar as cadeias da simples sobrevivência, ver para além da tentação de possuir, viver do que alimenta o espírito e na morte quotidiana difunde a eternidade. A mão de Jesus que ergue o jovem morto tem a beleza do gesto criador de Deus que Michelangelo plasmou no tecto da Capela Sistina. E todas as ressurreições nos lembram que só a beleza salva o mundo. Como dizia o poeta António Botto: “O mais importante na vida é ser-se criador – criar beleza.” Que salto para a beleza nos falta ainda dar?
(texto na íntegra aqui)


Sexta, no CM, Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre Humor e fé:

A missa dominical não deveria ser sentida, portanto, como uma obrigação. Deve ser antes a celebração de que os cristãos necessitam para recarregar as baterias da felicidade para, durante a semana, irradiarem alegria e amor nos ambientes que frequentam.
(texto na íntegra aqui)

Texto anterior no blogue
A Alegria do Amor: sobre o amor na famíliacomentário de Ana Cordovil e Jorge Wemans, à exortação Amoris Laetitia, do Papa Francisco

Sem comentários: