Crónicas
Nas suas últimas duas crónicas no
Público, frei Bento Domingues pergunta O
que trouxe de novo o Papa Francisco?:
Eleito
Papa, o cardeal Bergoglio escolheu o nome de Francisco, o de Assis. Esta
escolha encerra o seu programa. Optou pelos pobres nas diferentes periferias do
mundo: geográficas, sociais, culturais e existenciais.
O
empenhamento dessacralizador do novo hóspede da Casa de Santa Marta põe em
causa costumes, alguns muito radicados no decurso da história da Igreja, mas
que não têm ligação directa ao núcleo de Evangelho. Diz a mesma coisa de normas
ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras épocas, mas já
não são canais de vida. Não tenhamos medo de os rever! (...)
Esperemos
que o irrequieto Bergoglio continue a desassossegar as Igrejas, as religiões, a
banca, as sociedades, os governos para que se coloquem ao serviço da justiça.
fr. Stephen, de Taizé, Círculos de Silêncio
(ilustração reproduzida daqui)
No DN de
sábado, Anselmo Borges dedica o seu texto ao tema Família em crise, desejo
de família, referindo-se ao Instrumento
de Trabalho preparatório do Sínodo dos
Bispos do próximo Outono:
Embora
se dirija directamente aos católicos e no quadro do pensar católico, o
documento é mais abrangente, mesmo quando apresenta razões da crise da família
e, mais concretamente, da moral familiar. Referindo as respostas recebidas,
diz: “Existe unanimidade também no que se refere aos motivos de fundo das
dificuldades, quando se trata de acolher os ensinamentos da Igreja” (...)
E lá
está a constatação: apesar da crise, há testemunhos significativos nos quais
"se manifesta claramente, sobretudo nas novas gerações, um renovado desejo
de família".
(o tema será retomado no próximo
sábado; este primeiro texto está disponível aqui)
Fernando Calado Rodrigues toma o
mesmo ponto de partida para falar especificamente sobre a questão dos
divorciados que voltaram a casar:
Em relação aos
divorciados a viverem uma nova união, dá-se conta do pedido vindo sobretudo da
Europa e da América para que possam “receber os sacramentos”. Ou, então, que à
semelhança do que acontece em determinadas Igrejas ortodoxas, se abra “o
caminho para um segundo ou terceiro matrimónio, com carácter penitencial”.
Também se refere que alguns pedem que se esclareça se “a questão é de índole
doutrinal ou apenas disciplinar”.
(texto completo disponível aqui)
Na semana anterior, a
crónica era dedicada ao tema da Máfia
excomungada:
Apesar de o crime
organizado não ter em Portugal a dimensão italiana, não faltam “mafiazinhas”
que pervertem regras e prejudicam quem não lhes pertence. Seria bom que a
Igreja portuguesa não se acobardasse perante elas e contribuísse para acordar
as consciências.
(texto completo disponível aqui)
No comentário aos textos
bíblicos da liturgia católica de domingo passado, Vítor Gonçalves escrevia
sobre Viver e aprender:
Viver
é também aprender. Triste de quem “arruma as botas” antes do tempo, e reduz a
sua vida a hábitos ou rotinas vazias, a “passatempos” que não fazem crescer a
alma, a lamber feridas que só a coragem de enfrentar novos desafios pode curar.
O encontro com Jesus Cristo liberta de todo o fatalismo e inaugura um dinamismo
que nunca mais acaba. O fado torna-se então alegria de viver. Viver a aprender!
(texto completo disponível aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário