O presidente da COMECE, D. Adrianus Van Luyn, bispo de Roterdão, lamentou “a baixa participação” (42,9% de média) e assinalou que “uma participação tão baixa é ainda mais incompreensível ante a influência e competências que o Parlamento Europeu ganhará se o Tratado de Lisboa entrar em vigor”.
Segundo o bispo holandês, “o processo de democratização na União Europeia tem vindo a aprofundar-se continuamente”, permitindo que o Parlamento Europeu se converta “cada vez mais em um órgão de representação forte dos cidadãos”. Não obstante – acrescentou –, ainda não se formou uma sociedade europeia como tal.
“A baixa participação é sinal de que ainda falta uma sociedade civil europeia – disse –. Não se colocou suficiente ênfase nesta questão, em comparação com o que se pôs para estabelecer um mercado comum”.
“As instituições europeias, os governos nacionais, os partidos políticos, mas também as Igrejas, devem-se perguntar: contribuímos suficientemente na promoção de uma consciência europeia em nossos cidadãos?”.
O bispo destacou que, desde os anos 60, a integração europeia apareceu como um “processo único na história da humanidade” que actualmente é “mais oportuno que nunca”. Assinalou que, perante a crise económica, a mudança climática e a crise alimentar à escala mundial, “não existe alternativa a uma Europa unida com uma só voz e comprometida pela justiça e a paz”, tanto no continente europeu como no resto do mundo.
Na sua assembleia plenária de Primavera, os bispos membros da COMECE publicaram uma declaração, “Construir a Casa da Europa” (20 de março de 2009), na qual convidavam os cristãos a votar.
(Fonte: Zenit)
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