“Este método de harmonizar todas as artes, a inteligência, o coração e os sentidos, que procedia do Oriente, seria sumamente desenvolvido no Ocidente, atingindo cumes inalcançáveis nos códices da Bíblia e noutras obras de fé e de arte, que floresceram na Europa até a invenção da imprensa e até mesmo depois. Em todo caso demonstra que Rábano Mauro tinha uma consciência extraordinária da necessidade de envolver a fé na experiência, não só a mente e o coração, mas também os sentidos através desses outros aspectos do gosto estético e da sensibilidade humana que levam o homem a desfrutar da verdade com todo seu ser, ‘espírito, alma e corpo’.”
“Isto é importante. A fé não é só pensamento, toca a todo o ser”.
Papa Bento XVI, na apresentação, feita na audiência geral de ontem, em Roma, de Rábano Mauro, um monge que é considerado “mestre da Alemanha”. Nascido em Mainz, por volta do ano 780, Mauro viria a ser eleito primeiro abade do famoso mosteiro [beneditino] de Fulda e depois arcebispo da cidade natal, Mainz e, mais tarde, conselheiro de príncipes empenhado em garantir a unidade do Império. Mas ficou igualmente conhecido como exegeta, filósofo, poeta, pastor e homem de Deus. Ele próprio ilustrava algumas das obras que escrevia. Atribui-se-lhe a criação do famoso hino Veni Creator Spiritus. (Fonte: Zenit)
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