sábado, 29 de junho de 2013

O sétimo mandamento e o Papa Francisco (e Galileu)

Crónicas

Na crónica de hoje no Diário de Notícias, o padre Anselmo Borges fala sobre “O sétimo mandamento e a parábola de Francisco”. E escreve:

O Papa Francisco não se tem cansado de insistir na necessidade de trazer a ética para a economia e para a finança. Na sua linguagem simples, evocou recentemente uma parábola para explicar a crise. Como se trata de uma "crise do homem, que destrói o homem, que despoja o homem da ética, tudo é possível, tudo se pode fazer, e vemos como a falta de ética na vida pública faz tanto mal a toda a humanidade". E vem a estória, contada por um rabino do século XII. Aquando da construção da Torre de Babel, era necessário fabricar tijolos do barro, meter-lhe palha, levá-los ao forno e, já cozidos, transportá-los para o alto. Cada tijolo era um tesouro, devido a todo o trabalho para o fabricar. Quando caía um tijolo, era um drama e o operário era castigado. Mas se caísse um operário nada acontecia.
"Isso é o que se passa hoje: se os investimentos nos bancos caem, é uma tragédia, mas se as pessoas morrem de fome, se não têm nada para comer nem têm saúde, não acontece nada. Esta é a crise actual."

O texto integral pode ser lido aqui.

Ontem, no Correio da Manhã, Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre Galileu Galilei, para dizer que o seu processo é uma das páginas mais lamentáveis da História da Igreja”. E para concluir que, apesar de muitos progressos, “continuam a experimentar-se as mesmas dificuldades em acolher os progressos científicos e civilizacionais, quando eles parecem pôr em causa a doutrina oficial da Igreja. Ainda há muito quem assuma um comportamento inquisitorial em vez de uma abertura à novidade que pode enriquecer a doutrina cristã.




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