O Papa Francisco reúne esta quinta e sexta-feira no Vaticano um conjunto de dirigentes de organizações internacionais e nacionais ligadas ao mundo sindical e do trabalho, entre as quais a portuguesa Fátima Almeida, co-presidente do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC)
A iniciativa, que tem contornos inéditos, é do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, liderado pelo Cardeal Peter Turkson, subordinado ao lema «Da Populorum progressio à Laudato si´: O trabalho e o movimento dos trabalhadores no centro do desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário. Por que é que o mundo do trabalho continua a ser a chave do desenvolvimento neste mundo global?».
No cerne da conferência estará, segundo um comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano, "o patrimonio da Doutrina social da Igreja sobre o trabalho e as perspectivas que ela abre; a análise das realidades sociais emergentes; a recuperação e apresentação de experiências positivas; e as propostas de iniciativas conjuntas a favor da construção de uma sociedade que coloque a pessoa e sua dignidade no centro da agenda social, das políticas públicas e de um desenvolvimento humano".
Estão previstas na conferência intervenções de representantes dos principais sindicatos italianos, da FGTB belga e da Conferência dos Sindicatos Europeus; da presidente do Conselho Consultivo Sindical da organização dos Estados Americanos); de Riccardo Petrella, professor de economia política da Universidade Católica de Lovaina, do presidente da CUT, Brasil; e do presidente da RWDS, dos Unidos. Participam, além de delegações de mais de 40 países, representantes dos principais movimentos sindicais regionais e internacionais, especialistas em ciências sociais, representantes de movimentos de trabalhadores cristãos, e as autoridades da Organização Internacional do Trabalho
Num comunicado emitido sobre este acontecimento, o Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC) observa que o papa Francisco interpela a «descobrir um novo diálogo sobre o modo como estamos a construir o futuro de nosso planeta», que tenha em conta as dimensões ambiental, económica, social, cultural e religiosa. «O mundo do trabalho é uma prioridade humana. Portanto, é uma prioridade cristã». Com este diálogo prioritário e urgente, pretende-se atender aos problemas e aos desafios do trabalho que, para a Igreja, «continua a ser a chave do desenvolvimento no mundo global».
O comunicado do MMTC frisa que o trabalho digno é “o fio condutor” das recentes visitas pastorais do Papa Francisco. “Foi-o ante diversas instituições e organizações ou em suas diferentes mensagens. Foi-o, durante três anos consecutivos, mediante o diálogo mantido nos três encontros mundiais de movimentos populares, «um sinal de esperança» - segundo suas próprias palavras - para milhões de trabalhadoras e trabalhadores «descartados» que lutam pelos «direitos sagrados ao Teto, ao Trabalho e à Terra», ainda segundo aquele Movimento.
http://www.ihu.unisinos.br/573636-sindicalistas-do-mundo-no-vaticano-com-um-aceno-para-a-argentina
http://www.periodistadigital.com/religion/mundo/2017/11/17/el-papa-francisco-convoca-a-los-sindicatos-para-abordar-conjuntamente-los-desafios-del-trabajo-religion-iglesia-vaticano-hoac-ugt-ccoo-mmtc.shtml
http://www.periodistadigital.com/religion/solidaridad/2017/11/20/religion-iglesia-solidaridad-hoac-deplora-profunda-deshumanizacion-mundo-laboral-xxiii-jornadas-pastoral-obrera.shtml
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