sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Papa entre os 10 mais poderosos do mundo

A lista que a revista Forbes anualmente divulga, sobre o ranking das pessoas mais poderosas do mundo, inclui o Papa Bento XVI na sétima posição. Como reagir a este destaque? Satisfação? Tristeza? Perplexidade? Indiferença?
Que leitura fazer?
Aceitam-se comentários.




9 comentários:

Anónimo disse...

Não há leitura a fazer do seu comentário insidioso. Poder não significa dinheiro ou luxo, como hipocritamente insinua. Significa (e cada vez mais nos dias que correm) o grau de exposição ao mediatismo.

João Delicado disse...

Faltaria conhecer os critérios que levaram a esta classificação!
O que querem dizer com "poderosos"?

maria disse...

A surpresa não é por aí além...causa-me mais tristeza do que satisfação.
E também significa que as queixas dentro da Igreja, de que a mesma é desconsiderada na sociedade actual não são correctas.

Agora, importante, é saber o que é que isso muda na vida das pessoas.

Unknown disse...

Fica aqui uma "ajuda" para perceber quão "poderoso" e porquê é Bento XVI:

http://www.forbes.com/powerful-people/gallery

http://www.forbes.com/sites/michaelnoer/2011/11/02/the-worlds-most-powerful-people/

http://www.forbes.com/profile/pope-benedict-xvi/

Pelo exposto agrada-me o "poder" de Bento XVI. Neste contexto de crise(s) profunda(s) é bem necessário.

Para quem quiser comparar com outros lideres religiosos presentes no "top 70":

http://www.forbes.com/profile/ali-hoseini-khamenei/

http://www.forbes.com/profile/dalai-lama/

Obrigado ao Religionline.

Sérgio Almeida

CLEMENS disse...

Realmente, falta conhecer os critérios que levam a revista a fazer tal classificação. Segundo o site da FORBES, os critérios são:

«The ranking takes into account four factors. First, we measured how many people a person has power over. For a religious leader, like Pope Benedict XVI (#7), that would be the number of adherents, or Catholics, in the world. For a CEO, like General Electric’s Jeffrey Immelt (#28) we counted the number of employees.

Then we looked at the financial resources controlled by each candidate, whether that is revenues (for a company), GDP (for a country) or net worth (for a billionaire). Next we asked: Is a candidate influential in more than one arena, or sphere? This bumped up the ranking of people like New York City Mayor Michael Bloomberg (#17), who is a powerful politician, a self-made media billionaire and a major philanthropist.

Finally, we gave consideration to how actively the candidates wield their power. This measure eliminated inactive heirs to great fortunes, semi-retired industrialists and former heads of state.»

Primeiro: poder sobre as pessoas. Segundo, recursos financeiros controlados pelos candidatos. Terceiro: influência sobre outras áreas além das da sua exclusiva competência. Quarto: quão activamente os candidatos “seguram” o poder que detêm em determinado momento.

A meu ver o Papa não tem poder algum sobre as pessoas. Na medida em que elas não são católicas por causa do Papa; são-no por tradição familiar, oportunismo ou convicção pessoal, por adesão à pessoa de Cristo. Muitas até se afastaram e afastam da Igreja Católica por causa do Papa. O Papa não tem influência directa sobre quem entre e quem sai, do género – “tu entras, tu sais”. Sem contar que, muitos dos que se dizem católicos ignoram e/ou não concordam com as posições do magistério papal – seja em que matéria for.

Segundo, não é o Papa que detém recursos financeiros; é a Cidade-Estado do Vaticano, em que ele obviamente terá uma palavra a dizer enquanto Chefe de Estado. Embora, mesmo esse dito “controlo” é diminuto, pois, pode-lhe acontecer algum acidente, deixando de ter qualquer “controlo” (como aconteceu a muitos dos seus antecessores ao longo da história – sendo logo substituído por outro).

Terá assim tanta influência (i.e. intelectualmente falando) sobre outras esferas? Olhando para os acontecimentos dos últimos tempos, nomeadamente desde a sua eleição, diria que não.

Segurar o poder? Duvido. Porquê? Por tendo este lhe sido dado (até onde sabemos), igualmente lhe pode ser tirado (por morte ou incapacidade declarada).

Resumindo, sendo dúbios os critérios, serão dúbios os resultados, ainda que se reconheça que pode ter alguma influência. Tal depende mais das pessoas que o escutam do que da sua própria pessoa.

Manuel Pinto disse...

Agradeço os comentários e, nomeadamente ao Sérgio Almeida, que se deu ao trabalho de acrescentar informação relevante para nossa apreciação, no que respondeu ao comentador João Delicado.
Tenho de agradecer a Nuno Resende os adjectivo e o advérbio que entendeu apor às minhas perguntas, ainda que eu não atinja onde reside a insídia e a hipocrisia do perguntar. Mas se as viu lá, terá certamente as suas razões. As minhas foram simples: admito que o facto de uma revista de celebridades e negócios colocar uma personalidade como o Papa Bento XVI nos dez mais poderosos do mundo seja motivo de sentimentos e leituras divergentes. Não considero isso, em si mesmo, problema. A minha pergunta é outra e nasce dos Evangelhos: que leitura faria Jesus?
Será também insidiosa esta pergunta?

Anónimo disse...

O sr. Manuel Pinto questionou-se da seguinte forma: Satisfação? Tristeza? Perplexidade? Indiferença? Tanto quanto alcanço contrapõe a satisfação, três substantivos que expressam insídia. Ou não? Para ser objectivo bastava perguntar: é bom? é mau? concorda ou não concorda?

Manuel Pinto disse...

Insídia?
Recuso totalmente essa acusação, se é que concordamos que a palavra significa cilada, engodo, emboscada, má-fé.
Para mim, a questão não se coloca em termos tão simples como a dicotomia bem/mal ou concordância/discordância. Admiti, sem preocupações de esgotar as reacções ou leituras possíveis, quatro possibilidades:
Satisfação: quem gostou de ver Tristeza: quem lamentou Perplexidade: quem se interroga Indiferença: quem se 'está nas tintas'.

sergio lopes disse...

Sergio Lopes CR.UFPB
A questão não é em que lado você esta, nem qual o seu partido, muito menos a sua religião o problema esta em como você lida com essas coisas. A sua visão de mundo depende de como lhe ensinaram a vê-lo, nesse sentido é necessário de um aprendizado eficaz para poder ver o complexo, foi pensando nisso que resolvi tentar entender como o homem percebe o sagrado e o profano a sua volta. De que maneira esse indivíduo se situa no mundo. Qual o efeito da imagem na sua perspectiva. O que prevalece o mundo ideal ou o real, é por meio das vivências e experiências que se constrói um conhecimento acerca dessa teia de posicionamentos ideários, visando que a vida esta dentro dessa complexidade de ver o mundo, é que estudo as religiões.