Texto de João Duque
professor da
Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Braga)
Superou-se a ideia quase fixa de
que quem defende o papa é “conservador” e quem o critica é “progressista”.
Foi tornada pública, nos dias
passados, uma autodenominada “correcção” à “Amoris Laetitia” do Papa Francisco,
assinada por um grupo de teólogos. Trata-se de um texto complexo, que não
permite um comentário breve, muito menos em contexto jornalístico. Da minha
parte, apenas extrairei desse texto – independentemente do contexto e mesmo das
personalidades que o assinam, pois não me cabe fazer juízos – alguns elementos
que me parecem merecer reflexão e que, nesse sentido, não deixam de ser
“positivos”.
Já agora, antes de entrar nesses
elementos, devo manifestar estranheza pelo próprio título: chamar pomposamente
à apresentação de um posição diferente – mesmo contrária – à do Sumo Pontífice
uma “correção” pressupõe que quem corrige é detentor de uma verdade absoluta e
final. É claro que é isso que pretende precisamente esse texto; mas também é
claro que aí reside um dos seus maiores problemas. Não quero, contudo, fixar-me
nessa questão, pois levaria demasiado longe – e provocaria, certamente, muitas
correcções...
(o texto pode continuar a ser lido
aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário