"Na arte de comunicar, "precisamos de mediadores profissionais". O presidente da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais da Igreja Católica não se refere à arte da pregação, embora admita que a Igreja Católica tem mensagem e doutrina para transmitir. (...) O debate sobre as relações com os media é essencial para quebrar preconceitos e sintonizar linguagens, estreitando caminhos de compreensão. Não se faz de outra maneira. Prevalece, no entanto, um risco, que pode determinar a imagem das instituições religiosas. Não se trata de conhecer a técnica e os meios para melhor passar a mensagem, numa espécie de proselitismo sofisticado. A sintonia faz-se com relacionamento humano e as cedências são inevitáveis. Na forma e, eventualmente, no conteúdo, assumindo a tensão entre a intervenção institucional e a necessidade de dialogar.(...) Por outro lado, na procura de melhor comunicação, profissionalizando e centralizando serviços, onde cabe a pluralidade? Entre a necessidade de emitir estrategicamente a verdade circunstancial e um discurso exclusivamente monolítico, institucional e doutrinariamente inflexível, vai uma curta distância. Quando se discutem "asfixias" na sociedade portuguesa, ouvem-se na Igreja vozes a defender um certo discurso uniforme, sem dissonâncias, para esconder uma pluralidade que a lógica mediática habilmente transforma em polémicas contradições."
Excerto de Opinião SIC Online que pode ler na íntegra aqui
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