1. Superar a ideia de que os meios de comunicação são, eles próprios, comunicação. Por outras palavras, a construção de canais de televisão, rádios, sites, é excelente, mas se não se tem algo de relevante a dizer, construindo novas e melhores maneiras de o fazer, não se irá muito longe.
2. Parar de pensar que os modernos meios de comunicação são "seculares". Por outras palavras, a TV, a internet, etc, não são de certo modo estranhos à Igreja. São neutros, e tudo depende de como são usados.
3. Compreender que a comunicação e a pregação não são a mesma coisa. A pregação é uma forma de comunicação, mas também tem de haver espaço para fornecer informação básica e para responder às perguntas de uma forma distinta da catequese ou exortação moral.
4. Compreender que cada acto pastoral é uma forma de comunicação. A Igreja está sempre a comunicar algo sobre si mesma ao mundo exterior, mesmo ao nível da forma como as pessoas são tratadas quando têm contacto com ela.
5. Aceitar que uma comunicação eficaz é entre iguais que acontece. Assim como Cristo se humilhou a si mesmo tornando-se um de nós, assim a Igreja não deve adoptar uma atitude de superioridade quando está a procurar comunicar com o mundo.
6. Perceber que a comunicação não é a mesma coisa que RP [Relações Públicas]. Em última análise, a questão não reside em projectar uma melhor imagem da Igreja, mas, antes, em partilhar a vida cristã e ajudar as pessoas a ver as suas vidas e o mundo a partir de um quadro de referência cristão.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
"Comunicação eficaz é entre iguais que acontece"
Enquanto em Fátima se reflectia, nestes dias, nas Jornadas das Comunicações Sociais, se os gabinetes de imprensa são "luxo ou necessidade?", o arcebispo da diocese de Aparecida (Brasil) e actual presidente da CELAM (Conferência do Episcopado Latino-Americano), Raymundo Damasceno, propunha ontem, num colóquio sobre a Igreja e a comunicação, os seguintes pontos programáticos (que ele atribuiu a um jornalista colombiano):
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