Em Fátima, decorrem desde o início desta tarde as jornadas do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Igreja Católica, dedicadas ao tema dos gabinetes de imprensa na Igreja. O padre Jardim Gonçalves, responsável do Departamento de Comunicação Social do patriarcado de Lisboa, afirmou duas coisas que destaco:
1 - a relação dos responsáveis da Igreja Católica com os jornalistas deve ser centrada na relação humana e não em qualquer truque tecnológico;
2 - nesta matéria, andámos para trás nas últimas décadas: houve tempo em que professores de teologia se dedicavam a debater temas de actualidade na praça pública, quando a realidade o exigia.
Em relação ao "truque", tenho por vezes a sensação de que religiosos e jornalistas são muito parecidos: achando que as coisas (meios de comunicação, de um lado, a maneira de anunciar a mensagem religiosa, do outro) mudam quando passamos a usar tecnologia. Não: nem os media são melhores porque mudam grafismos ou cenários, nem as religiões são melhores porque criam um site na internet.
Sobre o que se (des)andou, é pena que este sector, na Igreja Católica e nas outras religiões, continue a ser secundarizado em relação a muitas outras opções. Trata-se de (não) entender o mundo actual.
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