quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

D. Manuel Clemente: ideias sobre a actualidade e as memórias da infância e do estudante


Manuel Clemente no jardim de casa da família

A propósito da sua nomeação como cardeal, D. Manuel Clemente deu uma entrevista a Joaquim Franco, da SIC, em que dá a conhecer aspectos do seu pensamento sobre temas da actualidade como o islão, a situação na Grécia e em Portugal, o eventual acesso dos divorciados à comunhão depois de voltarem a casar e da adopção por casais homossexuais.
Na entrevista, o patriarca de Lisboa afirma ter “dificuldade em acreditar” que o filho de um casal homossexual “apreenda tão facilmente como outra criança que a complementaridade de sexos é importante para a realização de uma humanidade total”.
Uma das outras questões que tem estado em debate, nomeadamente no Sínodo sobre a Família, é a do acesso dos divorciados à comunhão, depois de voltarem a casar. “A misericórdia não exclui a responsabilidade”, diz D. Manuel Clemente sobre o tema, preferindo a anulação do primeiro matrimónio: “Se o matrimónio não é nulo, é válido, e se é válido, continua.”
Sobre o papel das mulheres na Igreja, afirma que não vê dificuldade em que elas assumam dicastérios na Cúria Romana, mas diz que o sacerdócio é para os homens: “Igualdade não quer dizer indistinção”, diz o patriarca, acrescentando que não aceitaria facilmente concelebrar com uma mulher no altar e dizendo que “não é indistinto que Cristo se tenha apresentado masculinamente”.
Confessando a sua “grande ignorância” sobre as questões da Cúria Romana, afirma que esta estrutura “juntou muita coisa ao longo dos séculos que é dispensável”.
Os atentados de Paris, a liberdade de expressão e a blasfémia são outra das questões abordadas na entrevista, a par da situação na Grécia depois da vitória do Syriza e da realidade portuguesa durante a crise.
A entrevista pode ser vista aqui na íntegra.

Num outro trabalho, de Rosário Lira, na Antena 1, dá-se a conhecer o percurso de Manuel Clemente, “de menino a cardeal”. Aqui se fala da boa disposição do patriarca de Lisboa, da sua proximidade e do lado mais pessoal, que acaba por influenciar aquilo que ele é, enquanto padre e, depois, como bispo.
A reportagem pode ser ouvida aqui.

Na Renascença, está também disponível um outro trabalho em vídeo e texto, de Matilde Torres Pereira e Joana Bourgard, que recorda sobretudo a infância e os tempos de estudante de Manuel Clemente.
A reportagem pode ser lida e vista aqui.

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