Crónicas
(foto reproduzida daqui)
No
comentário aos textos bíblicos da liturgia católica deste último
domingo, Vítor Gonçalves escreve, no jornal Voz da Verdade, sobre Os nossos desertos, a propósito da narrativa das tentações de
Jesus no deserto:
Jesus é o novo Adão, o homem novo,
que neste momento de crise, de ruptura com os modelos triunfalistas de Messias,
une a natureza e o espírito. Ele oferece à condição humana, ferida por tantas
divisões, fruto do egoísmo e do orgulho, um horizonte de comunhão, uma
esperança que não nega as dificuldades mas as supera. Como se nos mostrasse a
fonte escondida que cada deserto tem, e nos oferecesse, pela fidelidade a uma
missão de serviço e confiança em Deus, o mapa para atravessar os desertos das
nossas vidas.
O texto integral pode ser lido aqui; as crónicas anteriores, que não tinham sido referidas neste blogue,
falaram da necessidade de tocar e ser tocado (textos do Domingo VI do Tempo
comum), do quotidiano como lugar de aprendizagem da felicidade (Domingo V do
Tempo Comum) e da missão de libertar e vencer o mal (Domingo IV do Tempo Comum)
Na crónica de domingo no Público,
frei Bento Domingues escreve, sob o título Mudar radicalmente a religião
(1):
Não tive condições para seguir as
cerimónias que envolveram a nomeação dos novos “príncipes da Igreja”. Um amigo,
pouco dado a críticas à hierarquia eclesiástica, manifestou-me, no entanto, o
seu desapontamento. Daquilo tudo, só as palavras do Papa estavam ajustadas a um
programa de reforma da cúria e da Igreja. Seria arcaico exigir dos novos
cardeais vestes parecidas com as do carpinteiro de Nazaré. Mas aquele
espectáculo era a reprodução de sempre do mau gosto purpurado. As delegações
portuguesas, ao convidar o Papa para vir a Fátima, revelaram pouca imaginação
e, até parece, uma oposição ao seu programa.
O texto integral pode ser lido aqui. Nas crónicas anteriores, frei Bento tinha abordado, primeiro, a relação
do declínio do cristianismo com a questão do papel das mulheres (As mulheres chegaram demasiado tarde?). Antes, em duas crónicas com o título As vantagens de não ser infalível,
defendera a ideia que talvez o Papa Francisco ande a preparar um Concílio, a
propósito de algumas linhas programáticas do seu pontificado e, de novo, falara do lugar das mulheres na Igreja Católica, a
propósito do encontro do Conselho Pontifício para a Cultura acerca do mesmo
tema.
Na penúltima crónica no DN, com
o título Púrpura e periferias, Anselmo
Borges falou da nomeação dos novos cardeais e, concretamente, do novo cardeal
Manuel Clemente:
o cardeal-patriarca vive na
capital, e, portanto, está mais próximo do poder central. Assim, espera-se que
seja mais interventivo, para uma política mais favorável à justiça social e ao
bem comum, e crítico na denúncia da corrupção e das cumplicidades do poder
político e do poder económico-financeiro. Para isso, com os outros bispos,
zelará por uma Igreja, ela própria mais livre e independente desses poderes.
Ainda neste quadro, sendo magno chanceler da Universidade Católica, muitos
católicos desejam que intervenha no sentido de, concretamente na investigação e
ensino nos domínios da economia, finanças e gestão, a doutrina social da Igreja
estar mais presente.
O texto integral pode ser lido aqui; no último sábado, a crónica no DN tratou do tema da Solidão e ética do cuidado; antes, Anselmo Borges escrevera sobre Crentes e ateus críticos e sobre O riso e a transcendência.
Na última sexta-feira, Fernando Calado Rodrigues escreveu no CM sobre Tocar o leproso, a propósito da homilia do Papa na missa de
nomeação de novos cardeais:
Depois de ter proposto o evangelho
da alegria, na sua primeira exortação apostólica, agora enuncia o evangelho dos
marginalizados. Porque, conclui o Papa, “é no evangelho dos marginalizados que
se joga, descobre e revela a nossa credibilidade!”
O texto integral pode ser lido aqui;
nas crónicas anteriores, os temas eram os Passos decididos do Papa Francisco no sentido da renovação da Igreja, o projecto de Escolas em rede, de atenção às que têm menores recursos, e o Sacerdócio no feminino.
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