No último fim-de-semana, São Jacinto (Aveiro) foi palco do terceiro Festival Jota, festival de música de inspiração cristã. Mas ao contrário do que acontece em países como os Estados Unidos, Brasil, Itália, Espanha ou França, a música rock ou pop de inspiração cristã não tem, até agora, grande tradição em Portugal. Mas houve já várias experiências de reconhecida qualidade neste campo.
No final da década de 70, um grupo de jovens da paróquia de Santos-o-Velho levou a Fátima a paraliturgia musical Páscoa Libertação. Ainda em 1979, em Aveiro, o Salmo do Século XX e, depois, as Dez Canções Para a Paz (já no início da década de 80), ambas da autoria de Carlos Pedro e no âmbito da pastoral de jovens da diocese, aliavam também a qualidade musical ao fino trabalho literário - o elemento que ainda precisa de ser aperfeiçoado por algumas das bandas que estiveram nesta terceira edição do Festival Jota.
Uma segunda vaga iniciou-se com o projecto Kyrios, que chegou a ser apresentado na Expo-98, em Lisboa. Agora, os mais conhecidos desta área serão os Pontos Negros e a editora Flor Caveira, que reúne protestantes e evangélicos da área de Lisboa, onde a qualidade literária e musical se juntam de novo.
Na madrugada de domingo, Clara Raimundo e Pedro Marques apresentaram também o seu duo Laetare, cuja sonoridade remete imediatamente para os Madredeus com Teresa Salgueiro, e onde há bons prenúncios no trabalho literário e de composição.
(excerto de texto que publiquei no Público na edição de 27 de Julho; o vídeo reproduzido a seguir foi proposto aos participantes do Festival Jota como "oração da noite" de sábado, dia 25 e recolhe imagens desse dia do festival).
1 comentário:
aproveito para convidá-los a conhecerem melhor o universo da música "evangélica", que não se restringe aos grandiosos ajuntamentos da Flor Caveira. escutem por exemplo Omaira. Deixo a sugestão: que tal uma colaboração num próximo Festival Jota?
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