Têm-se multiplicado so comentários sobre a nova encíclica do Papa. José Tolentino Mendonça escreveu na Ecclesia um texto em que se refere a mais um desses comentários e recorda a banda desenhada de Quino, quando Mafalda se compara a uma encíclica papal.
Algumas das opiniões já surgidas, mesmo em meios católicos, pretendem continuar a fazer desta encíclica concreta um texto abstracto, altamente respeitável, mas inofensivo. Não: o Papa coloca o dedo em várias feridas, apontando a necessidade de reformular um sistema financeiro tremendamente injusto, que tem levado a fome e a miséria a muita gente e que provocou a actual crise em que estamos mergulhados. A encíclica é um manual para o desassossego, diz Tolentino Mendonça.
No seu artigo de hoje no DN, Anselmo Borges fala também do que a encíclica traz de importante. E destaca a atenção que lhe dispensaram políticos e media internacionai (ao contário do que se passou em Portugal), que sublinharam a sua "inesperada orientação à esquerda", a denúncia do "capitalismo selvagem", a "necessidade de o Estado recuperar um papel activo e a "a urgência da reforma das Nações Unidas e da arquitectura financeira global", entre outros temas. O texto está aqui na íntegra.
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