Crónicas
Na crónica de sábado passado, no DN, Anselmo Borges escreve com o Sínodo dos Bispos como pano de fundo, perguntando
Casamento católico: indissolúvel?
Estas questões da família são
extremamente complexas: a realidade familiar está em mudança e a Igreja
Católica é hoje a única instituição verdadeiramente global, tendo, por isso, de
lidar com muitas culturas e sensibilidades. Mas, segundo a lógica do Evangelho,
a verdade de Deus para o ser humano tem menos que ver com a lei e o dogma do
que com a graça e a libertação. Como diz o cardeal Walter Kasper, neste
domínio, "para muitos, a doutrina está muito afastada da realidade; há um
cisma prático". Francisco vê-se como "o iniciador de um processo; eu
espero que seja um processo irreversível". Veremos durante o Sínodo.
(texto para ler aqui na íntegra)
O início do Sínodo é também o mote para crónica de Fernando Calado Rodrigues, no CM de sexta-feira passada:
Mesmo quem não conhece em profundidade
a Igreja Católica, não deve esperar que esta, de repente, reescreva a doutrina
que foi consolidando no seu seio ao longo de dois milénios. O que se deve
aspirar – e já será um grande salto – é que as formulações doutrinais se
adequem aos tempos atuais e deem resposta aos seus problemas.
(texto para ler aqui na íntegra)
Domingo, no Público, frei
Bento Domingues referia ainda Julia Kristeva e o Papa Francisco. Com o título Uma
profecia em acção, escrevia:
A originalidade do Papa Francisco
não consiste apenas em apresentar uma proposta que tem tido uma repercussão
absolutamente extraordinária, apesar de todas as resistências encontradas,
dentro e fora da Igreja. O que ele tem feito é ajudar a ver que nada pode ser
resolvido se não encararmos o mundo a partir dos excluídos, seja qual for o
género de exclusão. Mas mesmo isso podia ser apenas um enunciado doutrinal. O
que ele faz é uma convocatória universal. Mas uma convocatória é sempre para os
outros. Ele tornou-se, pela sua prática de vida pessoal e pastoral, uma
convocatória. É possível ser e viver de outra maneira. Ele é uma profecia em
acção.
(texto para ler aqui na íntegra)
Na Voz da Verdade, o
comentário de Vítor Gonçalves às leituras bíblicas da liturgia católica de
domingo passado, debruçava-se sobre O espelho:
É ao espelho diário do pensamento
e da sabedoria que importa perguntar: que vida quero e estou a viver? Como
respondo ao olhar cheio de amor que Jesus tem para mim? E trata-se de um
espelho que reflecte, e não de um écran que emite e cria o vício de ser espectador
do mundo e consumidor de coisas feitas! Viver de e para os écrans é mais uma
forma alienante de enriquecimento de coisas supérfluas. O espelho pode também
trazer o perigo de Narciso que se apaixonou pela sua imagem. Mas se esse
espelho fôr o lago tranquilo dos olhos de Jesus, ele devolver-nos-á sempre a
verdadeira imagem de nós mesmos e a verdade do mundo que importa construir!
(texto para ler aqui na íntegra)
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