Foto: Lusa, reproduzida daqui
Perguntava-se, no texto anterior
neste blogue, a propósito de um debate em Lisboa, se Deus estaria de volta de
forma violenta...
O Papa Francisco voltou a pedir, nesta
quarta-feira, uma “condenação unânime” dos actos de “horror” vividos em
Bruxelas na terça depois de, na própria manhã dos atentados ter recusado a
“violência cega” que provocou dezenas de mortos.
O cardeal-patriarca de Lisboa
pediu também, num curto depoimento gravado em vídeo que a Europa mantenha viva a herança
dos direitos humanos e de respeito pelas leis. E apelou a que não se confundam os
grupos radicalizados, “que não devem ser confundidos com populações, etnias ou
religiões”.
Também as duas estruturas
europeias de bispos – a Comece, que representa os episcopados dos países dos 28
países da União Europeia – e a CCEE, que abrange todos os episcopados da Europa, condenaram os atentados.
Também a Conferência das Igrejas
Europeias manifestou a mesma posição,
com um texto divulgado na própria terça-feira:
Esta manhã, em Bruxelas, as horas
de ponta e os voos da manhã foram violentamente interrompidos por múltiplos ataques
terroristas. (...) A Conferência das Igrejas Europeias (CEC) lamenta esta perda
de vidas e perturbação da paz. Condenamos os violentos ataques e apelamos a
respostas pacíficas nas próximas horas e dias. Oramos por aqueles que perderam
as suas vidas, as suas famílias e comunidades e pelas pessoas que colocam em
risco a sua própria segurança ao ajudarem os outros.
“Nesta época de Semana Santa e
Páscoa, lamentamos estas explosões de violência”, referiu o secretário-geral da
CEC, Heikki Huttunen. (...) “Temos de encontrar novamente o nosso caminho, e
devemos todos contribuir para a criação de sociedades nas quais todos se sintam
seguros e parceiros no bem comum.”
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