O
programa Encontros Com o Património de hoje, na TSF, debateu a história e o
papel do Movimento de Renovação de Arte Religiosa (MRAR), que marcou a
arquitectura e as artes feitas em Portugal nas décadas de 1950-1970 no campo
religioso do catolicismo.
O
MRAR, que reuniu nomes como Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas, João de
Almeida, Erich Corsepius, Luís Cunha e muitos outros, rompeu com o anacronismo
existente entre a arte e a expressão artística religiosa e levou a arquitectura
ao campo da intervenção social – tanto mais difícil quanto Portugal vivia então
sob domínio do regime ditatorial do Estado Novo.
As
opções do MRAR seriam confirmadas pela renovação litúrgica assumida pelo
Concílio Vaticano II. O movimento deixou também uma herança importantíssima que
ainda hoje faz escola no campo da linguagem arquitectónica. Alguns revivalismos
que hoje se verificam, e que confirmam que a renovação da arte religiosa permanece um desafio, são também debatidos pelos intervenientes no programa: os
arquitectos Diogo Lino Pimentel, José Manuel Fernandes
e João Alves da Cunha. O programa pode ser ouvido aqui. (A foto é da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, uma das principais concretizações das intuições do MRAR; esta e várias outras fotos da mesma igreja podem também ser vistas aqui, numa ligação que permite aceder a vários outros textos acerca deste movimento.)
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