sábado, 16 de fevereiro de 2013

Renovação da arte religiosa, um desafio que permanece


O programa Encontros Com o Património de hoje, na TSF, debateu a história e o papel do Movimento de Renovação de Arte Religiosa (MRAR), que marcou a arquitectura e as artes feitas em Portugal nas décadas de 1950-1970 no campo religioso do catolicismo.
O MRAR, que reuniu nomes como Nuno Teotónio Pereira, Nuno Portas, João de Almeida, Erich Corsepius, Luís Cunha e muitos outros, rompeu com o anacronismo existente entre a arte e a expressão artística religiosa e levou a arquitectura ao campo da intervenção social – tanto mais difícil quanto Portugal vivia então sob domínio do regime ditatorial do Estado Novo.
As opções do MRAR seriam confirmadas pela renovação litúrgica assumida pelo Concílio Vaticano II. O movimento deixou também uma herança importantíssima que ainda hoje faz escola no campo da linguagem arquitectónica. Alguns revivalismos que hoje se verificam, e que confirmam que a renovação da arte religiosa permanece um desafio, são também debatidos pelos intervenientes no programa: os arquitectos Diogo Lino Pimentel, José Manuel Fernandes e João Alves da Cunha. O programa pode ser ouvido aqui. (A foto é da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, uma das principais concretizações das intuições do MRAR; esta e várias outras fotos da mesma igreja podem também ser vistas aqui, numa ligação que permite aceder a vários outros textos acerca deste movimento.)
  



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