No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, escreve Vítor
Gonçalves:
Aquele que se julgava tão
cumpridor e “certinho” acaba por “desafinar”, ao não aceitar o perdão que o pai
deu ao irmão mais novo. Continuamos à espera da sua entrada na festa! Mas,
“desafinar” rima com o magnífico filme “Florence”, sobre Florence
Foster-Jenkins, uma cantora norte-americana “desafinadíssima”, soberbamente
interpretada por Meryl Streep. Não é fácil entender todo o amor que dimanava da
sua vida e da dos que a rodeavam, pois, como cantava João Gilberto, “no peito
dos desafinados / Também bate um coração.” O seu amor à música e às artes
exprime-se nas suas palavras: “Poderão dizer que cantava muito mal, mas não
poderão dizer que não cantei!”. Perdoem-me, mas creio que Deus ama muito os
desafinados. E infelizes os que, por medo de errar, nunca tentam!
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Carlos de Foucauld: o islão provocou em mim uma profunda inquietude - a propósito dos 15 anos do 11 de Setembro, da peregrinação a Meca e da festa do Eid al-Adha (Sacrifício de Abraão)
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