Já saiu no domingo, no Público, mas não perdeu atualidade: trata-se de uma entrevista com a economista e professora Manuela Silva, coordenadora do grupo Economia e Sociedade da Comissão Nacional Justiça e Paz, da Igreja Católica. Os seus pontos de vista e o seu pensamento podem ser lidos AQUI.
Fica aqui a sua posição sobre o que poderia e deveria ser feito quanto ao desemprego juvenil:
"Não se justifica que nas nossas sociedades, que atingiram níveis de produtividade elevados, que asseguram lucros de capital elevados em grande parte dos sectores, se continuem a praticar horários como os que vigoraram na civilização industrial. Defendo uma redução drástica de horários de trabalho, para acomodar a situação dos jovens desempregados. Evidentemente isto supõe que se aceite na empresa uma repartição mais equitativa dos salários e que o total das remunerações seja atribuído aos trabalhadores numa proporção que relacione o salário mínimo com o salário do topo. Hoje temos remunerações de quadros superiores que são manifestamente desproporcionadas. Sem alterar os custos de pessoal da empresa seria possível, e a meu ver desejável, não só por ser mais equitativo, mas por ser um elemento dinamizador da própria economia, que se introduzissem regras de proporcionalidade nos salários. Depois haveria todo um conjunto de medidas que se podem tomar, como o trabalho a meio tempo, a dois terços do tempo... Acho fundamental dar lugar aos mais novos".
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