Crónicas
No seu comentário aos textos da liturgia católica deste Domingo, Vítor
Gonçalves visita a exposição de Sebastião Salgado, Génesis, para escrever sobre
A Páscoa e o génesis:
A ressurreição de Jesus é também
ressurreição da criação. Sem cair num panteísmo ou na exaltação do primitivismo
e do selvagem, a responsabilidade confiada à humanidade no Génesis (primeiro
livro da Bíblia) amplia-se com a Boa Nova de Jesus. Ao oferecer a salvação em
Jesus, o Pai confirma-nos na comum missão de cuidar das questões relativas aos
recursos naturais e ao alimento para todos, ao respeito pela diversidade da
natureza, e ao bem comum da família humana. A beleza, a bondade e a verdade da
criação são a base sustentável para uma existência humana mais digna e mais
fraterna, que é a consequência da ressurreição de Jesus. Quem poderá esquecer
S. Francisco de Assis quando nos convida a dizer: “Louvado seja Deus na
natureza, / Mãe gloriosa e bela da Beleza, E com todas as suas criaturas…”!
(texto completo aqui)
No Público de Domingo, frei
Bento Domingues escreve o seu segundo texto com o título A ressurreição não
pode ser adiada. Citando uma entrevista
ao historiador Antony Beevor, diz:
À medida que o Estado Islâmico
avançar, aumentarão as migrações e as tensões sociais. Mesmo assim, a Europa
será olhada, cada vez mais, como o salva-vidas do mundo. A democracia, com
todos os seus defeitos, é considerada o melhor regime político, mas está em
risco, mesmo nos países onde tinha mais raízes. Perdeu-se a autoconfiança nas
suas capacidades. Também aqui estamos no fim das possibilidades, acima
evocadas.
Os governos, ao ficarem nervosos,
passam a ser ligeiramente autoritários e a tomar decisões arriscadas, por falta
de contacto com a realidade do dia-a-dia dos seus povos.
É verdade: pessoas, povos e
testemunhos de civilizações estão ameaçados. Os cristãos que o digam! A
ressurreição e a expansão da democracia – o poder do povo – não podem ser
adiadas. São um bem cada vez mais escasso. Importa ressuscitá-las, dentro e
fora da Igreja.
(texto completo aqui)
No CM de sexta-feira,
Fernando Calado Rodrigues escreve a propósito das declarações do Papa Francisco
sobre o “genocídio” arménio e a “teoria do género”. Com o título Papa em
contracorrente, conclui:
Nestas como noutras questões, é de
louvar que Francisco não se submeta à lógica do “politicamente correto”.
Precisamos dele como uma consciência crítica de um mundo que se submete com
facilidade às modas intelectuais e culturais.
(texto completo aqui)
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