Crónicas
No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, designado
do Bom Pastor, Vítor Gonçalves escreve sobre Pastores ou mercenários?:
Aprender a ser bom pastor
insere-se no aprender a sermos humanos. Liga-se aos valores e à educação, na
família e na convivência social. Aprende-se mais pelo exemplo do que pelas
teorias, pelas escolhas e pela capacidade de aprender com os erros.
Fundamenta-se em princípios que se chamam: direito à vida, à liberdade, ao
trabalho, e a todos os outros da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Concretiza-se na responsabilidade por construir um mundo mais justo e humano. E
para os que acreditamos em Jesus Cristo compromete-nos em dar a vida como Ele.
Grava-se no nosso espírito desde tenra idade e, por isso, as palavras de
Umberto Eco numa entrevista da revista do Expresso na semana passada são uma
interpelação: “É impossível pensar o futuro se não nos lembrarmos do passado.
Da mesma forma, é impossível saltar para a frente se não se der alguns passos
para trás. Um dos problemas da actual civilização – da civilização da internet
– é a perda do passado.”
Quem nos marcou profundamente para
querermos ser bons pastores? Que memórias nos alimentam o gosto de dar a vida
pelos outros? Que pastores ou mercenários estamos a criar?
(o texto integral pode ler-se aqui)
A crónica de frei Bento Domingues no Público deste Domingo, intitulada Sem justiça nem misericórdia, deixa uma pergunta e uma resposta:
Porque será que tantas pessoas, de
tantos países – católicos ou não – se reconhecem, se solidarizam e se sentem
interpeladas pelas atitudes e mensagens deste Papa, como se ele fosse o seu
guia espiritual?
Talvez por ele não querer mandar
em ninguém e denunciar aqueles que querem tornar a Igreja uma instituição de
poder, de dominação das consciências, em vez de uma fraternidade de serviço,
seja de quem for, mas, sobretudo, daqueles que sobram na sociedade.
(o texto integral pode ler-se aqui)
Na crónica de sábado no DN,
intitulada O futuro com quatro bombas,
Anselmo Borges referia o armamento nuclear, a crise ambiental, a manipulação
genética e o “cansaço vital”. E notava, sobre este último:
Neste sentido, quando a Europa
parece envergonhar-se das suas raízes cristãs, foi para muitos uma saudável e
bela surpresa a saudação de Páscoa do primeiro-ministro britânico, David Cameron,
de que fica aí o essencial. “A Semana Santa é um tempo no qual os cristãos
celebram, com a ressurreição de Jesus, o triunfo da Vida sobre a morte. Para
todos os outros, é o momento de reflectirem sobre o papel que desempenha o
cristianismo nas nossas vidas.” O cristianismo é “uma forma de vida”: quando há
sofrimento, necessidades, a Igreja está presente. “Sei por experiência que, nos
piores momentos da vida, a proximidade da Igreja é uma enorme consolação.”
Através de toda a Inglaterra, a Igreja pratica o amor; por isso, “deveríamos
sentir orgulho em dizer: este é um país cristão”. Acolhemos e abraçamos todas
as religiões e quem não tem nenhuma, “mas somos um país cristão”. Como tal, “temos
o dever de erguer a voz e denunciar a perseguição dos cristãos no mundo”.
Devemos recordar e agir a favor de todos estes “cristãos valentes” que sofrem.
(o texto integral pode ler-se aqui)
No CM de sexta-feira,
Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre as novas regras para os centros
sociais paroquiais, sob o título O poder e o serviço:
Não falta, todavia, quem aspire à
direção de uma IPSS, mais atraído pelas quantias que movimenta e pelos empregos
que garante do que por uma genuína caridade cristã ou pelo serviço à
comunidade. Isso pode levar, como já levou, a que por vezes os recursos sejam usados,
não para combater a pobreza, mas para gerar e alimentar “clientelas”. Uma
tentação a que ninguém está imune, tanto padres como leigos, e que pode mesmo
descambar em esquemas de corrupção e de tráfico de influências.
(o texto integral pode ler-se aqui)
(textos anteriores neste blogue:
Ana Vicente: Mulher crente em Deus presente no mundo
“Somos todos pessoas” - De branco, no Domingo, pelas vítimas da indiferença no Mediterrâneo)
(textos anteriores neste blogue:
Ana Vicente: Mulher crente em Deus presente no mundo
“Somos todos pessoas” - De branco, no Domingo, pelas vítimas da indiferença no Mediterrâneo)
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