segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mundo, machismo, inteligência e carreirismo

Crónicas

Na crónica deste domingo, no Público, frei Bento Domingues fala da tradição das festas do Espírito Santo. Sob o título Não vos conformeis com este mundo, escreve:

O recurso à entronização de uma criança-imperador, com todas as insígnias imperiais, assim como a partilha da mesma mesa, é uma subversão política, económica e social. Pode alimentar o desejo de um mundo às avessas do actual, mas ao acontecer uma vez por ano, em versão folclórica, pode reforçar o conformismo.
Prefiro, por isso, o carácter imperativo da posição de S. Paulo sobre o Espírito Santo, pois é este mundo que geme e sofre a dores de parto até ao presente, que é preciso transformar: Não vos conformeis com este mundo. 
(texto integral disponível aqui)


No DN de sábado, Anselmo Borges escreve, a propósito do Dia da Mãe, e sob o título “Não ao machismo”, diz Francisco:

Falta a abertura ao sacerdócio ordenado, a que nem a Bíblia nem o dogma se opõem. Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX, escreveu: “A prática da Igreja católica de não ordenar mulheres para o sacerdócio não tem nenhum conteúdo teológico obrigatório. A prática actual não é um dogma.” Foi seguido pelo cardeal Karl Lehmann, durante muito tempo presidente da Conferência Episcopal Alemã, e pelo cardeal José Policarpo, entre outros. O cardeal Carlo Martini visitou em 1990 o então arcebispo de Cantuária, George Carey, dizendo-lhe que a sua abertura ao sacerdócio feminino poderia ajudar os católicos a serem “mais justos com as mulheres”; por esse motivo e outros, “os homens da Igreja têm DE pedir perdão às mulheres”. Uma questão de direitos humanos.
(texto integral disponível aqui)


No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor Gonçalves escreve, com o título Inteligência com coração:

A imagem da união da videira e dos ramos que Jesus conta no Evangelho deste Domingo serve para entender a ausência de frutos nos ramos, onde não corre a seiva do Ressuscitado. Não basta parecer estar unido a Cristo porque se têm os sacramentos todos, como não basta ter um uniforme para pertencer a um grupo, ou ter uma cabeça sobre os ombros para ser uma pessoa (pode apenas servir para pôr o chapéu). Se a vida de Cristo não passa pela nossa vida, e pela verdadeira coerência de pensamentos e actos, tudo o que é religioso transforma-se em folclore, e a naturalidade de uma relação viva torna-se artificial. 
(texto integral disponível aqui)


Sexta-feira, no CM, também a propósito do texto do evangelho sobre O “Bom Pastor” e das perseguições a cristãos, escreveu Fernando Calado Rodrigues:

Provavelmente, nesses contextos de perseguição são menos os que aspiram a ser bispo, tendo em conta os riscos para a própria vida que esse encargo significa, e mais os que assumem essa missão com entrega e dedicação às comunidades cristãs, que são chamados a santificar, ensinar e governar. Nessas circunstâncias, serão, certamente, em menor número os “trepadores” e “carreiristas” que o Papa tem denunciado por diversas vezes.
(texto integral disponível aqui)

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