Crónicas
Na crónica deste domingo, no Público, frei Bento Domingues fala da tradição das festas do Espírito Santo.
Sob o título Não vos conformeis com este mundo, escreve:
O recurso à entronização de uma
criança-imperador, com todas as insígnias imperiais, assim como a partilha da
mesma mesa, é uma subversão política, económica e social. Pode alimentar o
desejo de um mundo às avessas do actual, mas ao acontecer uma vez por ano, em
versão folclórica, pode reforçar o conformismo.
Prefiro, por isso, o carácter
imperativo da posição de S. Paulo sobre o Espírito Santo, pois é este mundo que
geme e sofre a dores de parto até ao presente, que é preciso
transformar: Não vos conformeis com este mundo.
(texto integral disponível aqui)
No DN de sábado, Anselmo
Borges escreve, a propósito do Dia da Mãe, e sob o título “Não ao machismo”,
diz Francisco:
Falta a abertura ao sacerdócio
ordenado, a que nem a Bíblia nem o dogma se opõem. Karl Rahner, talvez o maior
teólogo católico do século XX, escreveu: “A prática da Igreja católica de não
ordenar mulheres para o sacerdócio não tem nenhum conteúdo teológico obrigatório.
A prática actual não é um dogma.” Foi seguido pelo cardeal Karl Lehmann,
durante muito tempo presidente da Conferência Episcopal Alemã, e pelo cardeal
José Policarpo, entre outros. O cardeal Carlo Martini visitou em 1990 o então
arcebispo de Cantuária, George Carey, dizendo-lhe que a sua abertura ao
sacerdócio feminino poderia ajudar os católicos a serem “mais justos com as
mulheres”; por esse motivo e outros, “os homens da Igreja têm DE pedir perdão
às mulheres”. Uma questão de direitos humanos.
(texto integral disponível aqui)
No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor
Gonçalves escreve, com o título Inteligência com coração:
A imagem da união da videira e dos
ramos que Jesus conta no Evangelho deste Domingo serve para entender a ausência
de frutos nos ramos, onde não corre a seiva do Ressuscitado. Não basta parecer
estar unido a Cristo porque se têm os sacramentos todos, como não basta ter um
uniforme para pertencer a um grupo, ou ter uma cabeça sobre os ombros para ser
uma pessoa (pode apenas servir para pôr o chapéu). Se a vida de Cristo não
passa pela nossa vida, e pela verdadeira coerência de pensamentos e actos, tudo
o que é religioso transforma-se em folclore, e a naturalidade de uma relação
viva torna-se artificial.
(texto integral disponível aqui)
Sexta-feira, no CM, também a
propósito do texto do evangelho sobre O “Bom Pastor” e das perseguições a cristãos, escreveu Fernando Calado Rodrigues:
Provavelmente, nesses contextos de
perseguição são menos os que aspiram a ser bispo, tendo em conta os riscos para
a própria vida que esse encargo significa, e mais os que assumem essa missão
com entrega e dedicação às comunidades cristãs, que são chamados a santificar,
ensinar e governar. Nessas circunstâncias, serão, certamente, em menor número
os “trepadores” e “carreiristas” que o Papa tem denunciado por diversas vezes.
(texto integral disponível aqui)
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