quinta-feira, 28 de maio de 2015

Maria e o Menino – um álbum iconográfico na internet


Virgem navajo e Menino, da autoria do padre John Giuliani, 
um dos postais do álbum de Manuel Pinto

Maio é, no catolicismo, mês consagrado à figura de Maria. Dizia Santa Teresa de Lisieux (do Menino Jesus). “Para que um sermão sobre a Santa Virgem dê frutos, é necessário que ele mostre a sua vida real, tal como o Evangelho a deixa entrever, e não a sua vida suposta.”
Ao longo de vinte séculos, construiu-se à volta de Maria de Nazaré uma vida suposta que não corresponde de facto à sua vida real. A exegese bíblica das últimas décadas tem, no entanto, ajudado também a reconstruir a sua vida e personalidade. Mesmo se sobre ela pouco ainda se sabe, como reconhece Jacques Duquesne, no início do livro Maria – A Verdadeira História da Mãe de Jesus (ed. Asa): “A mulher mais célebre de toda a História do mundo surgiu da noite, do desconhecido.”
Apesar disso, os poucos elementos da sua vida – nomeadamente, o facto de ter sido mãe de Jesus e de o ter acompanhado no momento da morte – fizeram dela alguém que muitas pessoas sentem próxima. Foi isso que, ao longo dos séculos, transformou Maria de Nazaré numa referência para milhões e milhões de cristãos.
A arte não ficou alheia a essa veneração e ela própria ajudou a construir imagens, venerações e proximidades. Na internet, é hoje possível descobrir muitos dos caminhos artísticos percorridos na representação de Maria, seja através da pintura ocidental, dos ícones orientais ou dos ex-votos e das representações populares.
Manuel Pinto, um dos autores deste blogue, criou no Pinterest um álbum com algumas dessas representações, que pode ser visto aqui (o álbum pode ser visto sem registo mas, se cada pessoa quiser tornar-se seguidora do álbum, terá de fazer um registo para esse efeito).

São postais sobre o tema de Maria com o Menino, ou grávida, nas figuras de Senhora do Ó ou Senhora da Esperança. Nestas representações, procura-se um valor estético que ultrapasse o mau gosto com que tantas vezes estas representações são feitas, mas que dê também uma ideia da diversidade de olhares e da perspectiva do tempo. Fica, por isso, o convite à contemplação artística.

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