O irmão Roger com um grupo de crianças
(foto reproduzida daqui)
Passam amanhã, dia 12 de Maio, 100
anos sobre a data de nascimento de Roger Schutz, fundador e primeiro prior de
Taizé. Para assinalar a data, a comunidade promoveu ontem, domingo, uma
celebração para a qual convidou as pessoas da região da Borgonha, em que Taizé se
situa, como noticiou o jornal La Croix.
Amanhã, terça-feira, em Lisboa,
uma oração com cânticos de Taizé assinala o dia do aniversário do irmão Roger.
Na igreja do Convento de São Domingos, em Benfica (Rua João Freitas Branco,
12), a partir das 21h30, a iniciativa prevê ainda a recolha de bens alimentares
não perecíveis, roupa ou donativos, que serão recolhidos pela Cáritas Diocesana,
para acorrer a famílias e pessoas mais necessitadas.
Em comunhão com a comunidade de
Taizé e milhares de outros jovens por todo o mundo, que esta semana se reunirão
em encontros semelhantes, a oração evocará a memória do irmão Roger, em acção
de graças pela sua vida. O calendário das celebrações em Portugal pode ver-se aqui.
Para a vigília de oração, a
comunidade sugeriu mesmo um pequeno guião, que pode ser encontrado também aqui, no site de Taizé na internet.
Este ano de 2015 será vivido sob o
signo da “nova solidariedade”, como etapa culminante de um processo de três
anos, em que Taizé propôs uma reflexão que levasse a novas iniciativas nesse
campo. Várias iniciativas assinalam em Taizé o centenário do irmão Roger, bem como os 75 anos da sua chegada a Taizé (Agosto de 1940) e os dez anos da morte (Agosto de 2005). Uma das ideias no campo da “nova solidariedade” foi a experiência das pequenas fraternidades provisórias
– duas das quais estiveram no Porto e em Bragança, no Verão passado. Ou seja,
um pequeno grupo de jovens ou jovens adultos que, durante cerca de um mês,
partilham a vida de uma comunidade local e ajudam nas suas necessidades.
Em entrevista à revista espanhola
Vida Nueva, o irmão Aloïs, actual prior de Taizé, diz a propósito: “Cristo introduziu
uma nova solidariedade na humanidade. Deu a sua própria vida para reunir a
todos os humanos numa única comunhão. Queremos tomar mais a sério esse dom de
Cristo e ser coerentes com isso. O irmão Roger inspira-nos nesse tema da nova
solidariedade. Para ele, a fé, a confiança em Deus, estava muito ligada à
solidariedade com os demais. Era um apaixonado da ideia de sair ao encontro dos
demais, especialmente de quem sofre.
O prior de Taizé acrescenta depois
que “é urgente ir mais longe no ecumenismo”. E afirma: “Em Cristo já existe uma
comunhão, já estamos unidos pelo baptismo; mas não lhe damos suficiente espaço.
Por isso quiséramos fazer propostas concretas para ‘viver sob o mesmo tecto,
como aqui, em Taizé.” E pergunta ainda: “Não seria possível que, nas nossas
cidades, a catedral ou a igreja principal fosse o lugar onde todos os cristãos
possam rezar juntos?”
(um excerto da entrevista pode ser
lido aqui; a versão integral está acessível apenas a assinantes da
versão digital da revista; memórias do irmão Roger e uma conversa sobre Taizé podem ser também escutadas numa entrevista, aqui, de Jaime Bacharel, irmão do único membro português da comunidade, o irmão David)
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