Crónicas
Na crónica À procura da Palavra,
de comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor Gonçalves
escreve sobre “Quanto menos, tanto mais!”:
E é a “estrada para andar” que
canta Jorge Palma na música “A gente vai continuar”. Nesse poema interpela-nos:
“Somos todos escravos do que precisamos / Reduz as necessidades se queres
passar bem / Que a dependência é uma besta / que dá cabo do desejo […]”. E
imagino que o Papa Francisco poderia tê-lo ouvido pois diz assim na encíclica
“Laudato sí” ao convidar a adotar o antigo ensinamento “ ‘quanto menos, tanto
mais.’ Com efeito, a acumulação constante de possibilidades para consumir
distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada
momento. […] Isto exige evitar a dinâmica do domínio e da mera acumulação de
prazeres” (n. 222). Como vamos continuar? E o que é que não vai parar?
(texto para ler aqui na íntegra)
Na crónica de ontem, sexta-feira, no CM, Fernando Calado Rodrigues relaciona a crise europeia com a pobreza e
a viagem do Papa à América Latina. Sob o título A crise e a pobreza, conclui:
Se os mais pobres dos europeus
fossem a maior preocupação dos seus líderes, talvez já se tivesse encontrado
uma solução para o problema da dívida grega e das dívidas soberanas de outros
estados da União Europeia.
(texto para ler aqui na íntegra)
No DN de hoje, Anselmo Borges
volta ao “sublime e abissal texto, pavoroso, um dos grandes da grande
literatura alemã, que Jean Paul, pseudónimo de Johann Paul Friedrich Richter,
escreveu em 1796: “Rede des toten Christus vom Weltgebäude herab, dass
kein Gott sei” (“Discurso do Cristo morto, a partir do cume do mundo,
sobre a não existência de Deus”)”. E, sob o título “Deus
morreu”, e agora?, escreve:
Há quem acuse a fé de mera ilusão.
Mas eu creio que ela é sobretudo um combate, como reza esta espécie de
testamento de um judeu que morreu em 1943 no gueto de Varsóvia: "Creio no
Deus de Israel, embora ele tenha feito todo o possível para que não acredite...
Deus ocultou o seu rosto ao mundo. As folhas em que escrevo estas linhas vou
encerrá-las nesta garrafa vazia e escondê-la aqui entre os tijolos da parede,
debaixo da janela. Se alguém as encontrar um dia e as ler, talvez entenda o
sentimento de um judeu - um entre milhões - que morreu como abandonado de Deus,
esse Deus no qual acredita tão firmemente."
(texto para ler aqui na íntegra)
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