sábado, 11 de julho de 2015

Estrada para andar, pobreza para resolver e a morte de Deus - e agora?

Crónicas

Na crónica À procura da Palavra, de comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor Gonçalves escreve sobre “Quanto menos, tanto mais!”:

E é a “estrada para andar” que canta Jorge Palma na música “A gente vai continuar”. Nesse poema interpela-nos: “Somos todos escravos do que precisamos / Reduz as necessidades se queres passar bem / Que a dependência é uma besta / que dá cabo do desejo […]”. E imagino que o Papa Francisco poderia tê-lo ouvido pois diz assim na encíclica “Laudato sí” ao convidar a adotar o antigo ensinamento “ ‘quanto menos, tanto mais.’ Com efeito, a acumulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento. […] Isto exige evitar a dinâmica do domínio e da mera acumulação de prazeres” (n. 222). Como vamos continuar? E o que é que não vai parar?
(texto para ler aqui na íntegra)


Na crónica de ontem, sexta-feira, no CM, Fernando Calado Rodrigues relaciona a crise europeia com a pobreza e a viagem do Papa à América Latina. Sob o título A crise e a pobreza, conclui:

Se os mais pobres dos europeus fossem a maior preocupação dos seus líderes, talvez já se tivesse encontrado uma solução para o problema da dívida grega e das dívidas soberanas de outros estados da União Europeia.
(texto para ler aqui na íntegra)


No DN de hoje, Anselmo Borges volta ao “sublime e abissal texto, pavoroso, um dos grandes da grande literatura alemã, que Jean Paul, pseudónimo de Johann Paul Friedrich Richter, escreveu em 1796: Rede des toten Christus vom Weltgebäude herab, dass kein Gott sei (Discurso do Cristo morto, a partir do cume do mundo, sobre a não existência de Deus)”. E, sob o título Deus morreu, e agora?, escreve:

Há quem acuse a fé de mera ilusão. Mas eu creio que ela é sobretudo um combate, como reza esta espécie de testamento de um judeu que morreu em 1943 no gueto de Varsóvia: "Creio no Deus de Israel, embora ele tenha feito todo o possível para que não acredite... Deus ocultou o seu rosto ao mundo. As folhas em que escrevo estas linhas vou encerrá-las nesta garrafa vazia e escondê-la aqui entre os tijolos da parede, debaixo da janela. Se alguém as encontrar um dia e as ler, talvez entenda o sentimento de um judeu - um entre milhões - que morreu como abandonado de Deus, esse Deus no qual acredita tão firmemente."
(texto para ler aqui na íntegra)

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