Crónicas
No comentário aos textos bíblicos da liturgia católica deste domingo, 5
de Julho, Vítor Gonçalves escreve sobre Profetas do presente:
Ao contrário de Jesus na sua terra
natal, a última encíclica do Papa Francisco, "Laudato Si", sobre o
cuidado da casa comum, tem sido bem acolhida por muitos sectores da sociedade.
Curiosamente, o comentário imediato de maior recusa veio de um cristão, um candidato
à presidência norte-americana, que convidava, "grosso modo", o Papa e
os bispos a ajudarem as pessoas a serem boas, mas que não se metessem em
política! Trata-se de um documento incómodo, com uma interpelação profética
enriquecida por muitas vozes e muita partilha, que não podemos deixar de ler.
Mas pode suceder-nos o mesmo que aos conterrâneos de Jesus: ficamos espantados
com tal sabedoria, sublinhamos a riqueza do pensamento, fazemos bonitas
citações, mas nada de milagres, porque ninguém quer mudar o seu estilo de
viver. Nem os governos, nem as multinacionais, nem cada um, em casa ou na sua
vizinhança!
(o texto integral pode ser lido aqui)
Na sua crónica de sexta-feira no CM, a propósito da crise provocada pelas instâncias internacionais na
Grécia, escreve Fernando Calado Rodrigues, com o título Inépcia e
insensibilidade:
Vivemos tempos em que dignidade da
pessoa e a promoção de todos e de cada um são frequentemente esquecidas no
debate político e subalternizadas à ditadura da finança. Tempos de “uma
economia globalizada e financeirizada, que se sobrepõe à política”. Em que os
“bancos são salvos da falência enquanto as pessoas perdem as casas onde vivem
porque não têm condições de continuar honrando seus empréstimos”, denuncia esta
semana o Instituto Humanitas Unisinos, de uma universidade jesuíta no Brasil.
(o texto integral pode ser lido aqui)
Hoje, no DN, Anselmo Borges escreve sobre Jesus e a política:
Na fé na ressurreição de Jesus
anuncia-se a vida eterna, e, como observou Tocqueville, enquanto os homens
acreditaram na eternidade, até neste mundo construíam de modo durável; hoje,
sem eternidade, o tempo reduz-se a instantes que se devoram uns aos outros e,
vivendo num presentismo niilista, até a política se ressente do curto-prazismo.
(o texto integral pode ser lido aqui)
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