quinta-feira, 23 de julho de 2015

Irmão Roger e Taizé: com quase nada




Oração na Igreja da Reconciliação em Taizé; 
foto de Sabine Leutenegger, reproduzida daqui)

No site do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil publiquei um texto sobre a figura do irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé. Com o título Irmão Roger: com quase nada, o texto começa assim:

De quase nada, o irmão Roger criou uma aventura que prossegue ainda e que, ao longo de 75 anos – que se assinalam no próximo dia 20 de Agosto – tem tocado gerações e gerações de pessoas.
O próprio irmão Roger, de Taizé, escrevia: “Com quase nada, antes de tudo pelo dom da nossa vida, Cristo, o Ressuscitado, espera que em nós se tornem perceptíveis o fogo e o Espírito.”
Esse quase nada esteve presente logo no início de Taizé: apenas saídos da II Guerra Mundial, as necessidades eram imensas. E os necessitados ainda mais. O próprio irmão Roger fazia sopa, com poucas coisas, para os prisioneiros de guerra a quem os irmãos da comunidade ajudaram. “Ele tinha o sentido da vida rural, da festa, das crianças...  isso permite a vida criativa de uma comunidade onde cada um dá a sua pedra para o edifício criativo e tudo isso forma um todo”, dizia-me, no Verão de 2014, numa entrevista, o irmão Daniel, um dos primeiros três que se juntou a Roger Schutz para criar a comunidade.
(o texto pode continuar a ser lido aqui)


Nas próximas semanas, várias iniciativas assinalam as datas redondas que este ano se comemoram: entre 9 e 16 de Agosto, o Encontro por uma nova solidariedade será o ponto culminante das celebrações deste ano – que marcam os 75 anos da chegada do irmão Roger a Taizé, dos 100 anos do seu nascimento e dos 10 anos da sua morte. Essa semana será também o auge de três anos dedicados à procura de uma “nova solidariedade”.

Duas semanas mais tarde, entre 30 de Agosto e 6 de Setembro, um colóquio internacional procurará responder à pergunta sobre se o irmão Roger tinha uma teologia. “Ele não participou em debates de teologia universitária. Mas teve sempre amigos teólogos. E desenvolveu um pensamento original, perceptível tanto nos seus escritos como na vida da Comunidade e nos encontros de jovens”, explica-se no site de Taizé, na apresentação desta iniciativa, que conta com teólogos protestantes, ortodoxos e católicos de vários países e com menos de 40 anos. 
O programa e mais informações podem ser lidos aqui.

Mais para o final do ano, será a vez de Valência, na costa mediterrânica da Península Ibérica, acolher os jovens que irão participar no encontro europeu dinamizado pela comunidade. O cardeal Antonio Cañizares, actual bispo da diocese, afirmou a propósito o anúncio: “Será um encontro de Igreja, um encontro de unidade e de oração pela unidade de todos os cristãos e será, também, um encontro que pressupõe uma revolução dentro da nossa Igreja valenciana, para vivermos de perto o que, a partir de Taizé, nos chega a todos. (...) Somos uma Igreja que crê em Jesus Cristo, uma Igreja unida, uma Igreja que cumpre o desejo do Senhor de que todos sejamos um para que o mundo creia, porque é em crer que está realmente a esperança.”
Mais informações sobre o encontro de Valência aqui.

Este ano houve uma outra novidade em Taizé: a Deutsche Grammophon editou um disco com cantos de Taizé, que mostram a história e a espiritualidade presentes naqueles cantos; sobre esse disco, escrevi na edição de Maio da Além-Mar um texto onde falo sobre o sentido da obra: 
Não é nenhum “best of” de Taizé. Antes, através dos cantos escolhidos, podemos cantar a história musical de Taizé (com peças de Jacques Berthier e Joseph Gelineau, os dois compositores da primeira fase dos “cantos de Taizé”, e algumas mais recentes, compostas já por vários irmãos da comunidade). Mas cantamos também o sentido do que ali se reza.
(texto aqui na íntegra; mais informações sobre o disco podem ser encontradas aqui)


No site do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, foram publicados nos últimos dias outros textos sobre Taizé e o irmão Roger, que merecem ser lidos: os seus autores são o padre Tony NevesJaime Bacharel e o irmão David, de Taizé, o único português que integra a comunidade de monges.


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