segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O “rating” do Evangelho, a cura e a cadeia

Crónicas

No comentário aos textos bíblicos deste domingo que passou, Vítor Gonçalves escreve sobre O “rating” do Evangelho:

Nestes anos de crise continuada entraram no nosso vocabulário comum expressões como, “ratings”, “swaps”, “subprime” e muitas outras que o universo económico e financeiro utiliza abundantemente. Vamos entendendo melhor que é difícil ou quase impossível entender os mecanismos financeiros que dominam e sustentam a vida de todos. Ao ver o filme “A queda de Wall Street” de Adam McKay, que relata como quatro homens anteciparam o colapso global da economia dos EUA, ao apostar na crise imobiliária e lucrando com a tragédia de muitos, não é possível ficar indiferente à ganância e à mentira de todo o sistema. 
(texto na íntegra aqui)


Ícone representando a cura de uma mulher encurvada por Jesus

A propósito do texto do evangelho proposto para a liturgia católica de hoje, António Pedro Monteiro (capelão no Hospital de Santa Maria e membro da congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Dehonianos), refecte sobre a cura que cada pessoa pode ser para outra. Sob o título Tu podes curar-me, escreve:

O maior milagre que nos apresenta Marcos é um deus que se deixa tocar. Porventura, é a proximidade do toque que cura, é a relação (e as distâncias que ela encurta) que salva, que dá saúde, que cura…
Deixemo-nos curar pelos nossos irmãos e irmãs que estão doentes: curemos a nossa impaciência com a paciência deles; curemos a nossa ligeireza com a tristeza deles; curemos as nossas certezas e seguranças com a sua vida em suspenso…
(texto na íntegra aqui)


Na crónica de ontem, no Público, frei Bento Domingues escreve também tendo os textos bíblicos como pretexto, sob o título Tirar o evangelho da cadeia:

Não podemos deixar de ir ao encontro dessas narrativas de há dois mil anos. Inauguraram um tempo de vinho novo em odres novos. Os Evangelhos não podem ser o arquivo morto das Igrejas. Estas não podem viver sem a circulação permanente entre essa fonte e a complexidade do nosso tempo. Para escutar essa música dissonante é preciso querer nascer de novo e abandonar os mundos fechados para ver a luz.
(texto na íntegra aqui)

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