Crónicas
No comentário aos textos bíblicos deste domingo que passou, Vítor
Gonçalves escreve sobre O “rating” do Evangelho:
Nestes anos de crise continuada
entraram no nosso vocabulário comum expressões como, “ratings”, “swaps”,
“subprime” e muitas outras que o universo económico e financeiro utiliza
abundantemente. Vamos entendendo melhor que é difícil ou quase impossível
entender os mecanismos financeiros que dominam e sustentam a vida de todos. Ao
ver o filme “A queda de Wall Street” de Adam McKay, que relata como quatro
homens anteciparam o colapso global da economia dos EUA, ao apostar na crise
imobiliária e lucrando com a tragédia de muitos, não é possível ficar
indiferente à ganância e à mentira de todo o sistema.
(texto na íntegra aqui)
Ícone representando a cura de uma mulher encurvada por Jesus
A propósito do texto do evangelho proposto para a liturgia católica de
hoje, António Pedro Monteiro (capelão no Hospital de Santa Maria e membro da congregação
dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Dehonianos), refecte sobre a cura
que cada pessoa pode ser para outra. Sob o título Tu podes curar-me, escreve:
O maior milagre que nos apresenta
Marcos é um deus que se deixa tocar. Porventura, é a proximidade do toque que
cura, é a relação (e as distâncias que ela encurta) que salva, que dá saúde,
que cura…
Deixemo-nos curar pelos nossos
irmãos e irmãs que estão doentes: curemos a nossa impaciência com a paciência
deles; curemos a nossa ligeireza com a tristeza deles; curemos as nossas
certezas e seguranças com a sua vida em suspenso…
(texto na íntegra aqui)
Na crónica de ontem, no Público,
frei Bento Domingues escreve também tendo os textos bíblicos como pretexto, sob
o título Tirar o evangelho da cadeia:
Não podemos deixar de ir ao
encontro dessas narrativas de há dois mil anos. Inauguraram um tempo de vinho
novo em odres novos. Os Evangelhos não podem ser o arquivo morto das Igrejas.
Estas não podem viver sem a circulação permanente entre essa fonte e a
complexidade do nosso tempo. Para escutar essa música dissonante é preciso
querer nascer de novo e abandonar os mundos fechados para ver a luz.
(texto na íntegra aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário