Margarida Amélia Santos, presidente da Fundação Cuidar o Futuro, a colocar,
no Mural das Causas, uma mensagem alusiva ao pensamento de Maria de Lourdes Pintasilgo;
ao lado, o presidente da Câmara de Fafe, Raúl Cunha (foto Manuel Meira)
De quarta-feira, 18,
até sábado, 21, decorreu em Fafe o Terra Justa – Encontro Internacional de
Causas e Valores da Humanidade. Além dos Capacetes Brancos da Síria, foi também
homenageada a Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos. Numa
entrevista que lhe fiz para o Público,
o seu número dois, Bruno Stagno-Ugarte lamentava o silêncio cúmplice de muitos
países democráticos para com as graves violações de direitos humanos que
continuam a praticar-se em todo o mundo. E, sobre o papel do Papa Francisco,
diz que ele “tem sido muito importante na questão dos refugiados e é uma das
vozes que podemos ter como aliado”. E acrescentava: “Há outros temas em que as
igrejas podem ter um papel mais importante, pelo simples facto de dizerem que
se deve tratar o outro como cada um gosta de ser tratado. Essa é uma vocação
das igrejas, nestes momentos em que tantos gritam o ódio para com o vizinho. O
Papa tem sido uma voz forte na defesa da convivência e esperamos que continue a
ser influente.”
(A entrevista pode ser lida aqui na íntegra)
No final do
encontro, foi Maria de Lourdes Pintasilgo a escolhida para ser homenageada
postumamente, através da Fundação Cuidar o Futuro e da actual presidente,
Margarida Amélia Santos. Na sessão de homenagem feita à antiga
primeira-ministra (até agora, a única mulher portuguesa a ter desempenhado o
cargo), destacou-se o rasto que ela deixou em muitos que com ela conviveram ou
trabalharam – Luís Moita disse que ela tinha sido um “cometa”. Manuela Silva recordou
que, para Maria de Lourdes, “ser cristão não era um dado adquirido” e que, pelo
contrário, cada crente deveria deixar-se interpelar em permanência pela sua fé,
acrescentou. E o Presidente da República falava de “um conjunto excepcional de
qualidades” que ela reunia: “a inteligência, o brilho, a cultura, a capacidade
de doação, o sentido do serviço, a noção do Estado e uma visão indissociável da
sua fé, que a colocava sempre num caminho de salvação com os outros e pelos
outros”.
Sobre Pintasilgo e o
encontro Terra Justa, pode ler-se aqui uma reportagem.
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