Crónicas
No comentário à liturgia católica deste domingo, sob o título Atraídos
por quem?, escreve Vítor Gonçalves:
Não é a propagação de cruzes que
significa crescimento do cristianismo (infelizmente, em nome de Jesus e das
ideias de muitas épocas, continuaram a ser lugar de suplício!) mas a vida
entregue, em cada dia, por um mundo mais fraterno e humano, que homens e mulheres
cheios do amor de Cristo continuam a dar.
Não é a cruz que salva mas o amor
que nela foi e é crucificado. Não nos especializemos em fazer cruzes, mas em
viver do amor até ao fim, que é o de Jesus. Nas coisas simples e profundas de
cada dia, na atenção ao essencial, no esforço e no trabalho que elevam, na
dedicação e não na burocracia. Onde existem cruzes que merecem receber o amor
que atrai!
(texto integral aqui)
No DN de hoje, Anselmo Borges
escreve sobre Periferias, eleições e Portugal:
Deus ama o mundo: este é o núcleo
da mensagem do Evangelho, o que significa que, ao contrário do que tem feito
frequentemente, a condenação do mundo, concretamente, do mundo moderno, não
pode constituir programa para a Igreja. Esta é a mensagem do Papa Francisco,
que conquistou o coração das pessoas precisamente pelo amor. No meio deste
nosso mundo perigoso e sem esperança, ele "constitui a única e a grande
reserva moral global", escreveu o eurodeputado Paulo Rangel. (...)
E a Igreja? Paulo Rangel, depois
de ter apresentado Francisco, que "tem sabido ser um profeta do
exemplo", escreveu que "à Igreja portuguesa falta o sentido profético
e a nós mingua-nos o exemplo".
(texto integral aqui)
Ontem, Fernando Calado Rodrigues escrevia no CM sobre Descongelar o concílio:
Seja através de um novo concílio
ou pelo aprofundamento do caminho iniciado há cinquenta anos, o que parece
evidente é que a Igreja precisa de continuar a abrir-se ao mundo, como desejava
João XXIII e de sair de si como tem proposto o atual Papa. Que prefere “uma
Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma
Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias
seguranças”, como escrevia na Evangelii Gaudium”. Este é mais um passo para ir
ao encontro das “periferias geográficas e existenciais”.
(texto integral aqui)
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