Crónicas
Na sua crónica de domingo passado, no Público, frei Bento Domingues escreve sobre Uma religião que condena está
condenada:
Os movimentos de leigos e,
sobretudo os mais elitistas, que se julgam a verdadeira Igreja, a do futuro,
não escapam às interpelações de Bergoglio. Ao caminho “Neocatecumenal” fez-lhe
observações muito concretas para as correcções de rumo e de métodos,
inscrevendo-o nas igrejas locais, de forma inculturada, vencendo as suas
tentativas monopolistas.
Foi, porém, no encontro de 7 de
Março, com o movimento Comunhão e Libertação – que se julgava um
modelo de fidelidade a Roma na luta contra todos os desvios do catolicismo
pós-conciliar –, que o Papa aproveitou para marcar o primado na moral cristã e
fazer a denúncia da substituição da centralidade de Cristo pelo meu método
espiritual, o meu caminho espiritual e o meu modo de o implementar. É uma forma
de sair do Caminho e ficar com o carisma petrificado numa
garrafa de água destilada, de se tornar guias de museu e adoradores de cinzas.
(texto completo aqui; o texto do discurso do Papa a que se faz referência
já pode ser lido em português aqui)
Na semana anterior, a crónica tinha sido sobre A missa como antidepressivo:
Não estou a defender missas
engraçadas nem missas desgraçadas. São ambas depressivas. A graçola não é a
melhor linguagem litúrgica, embora não caia o Carmo e a Trindade se, numa
celebração, escorregar alguma expressão que não agrade a todos os ouvidos. As
comunidades não podem nem devem adoptar todas o mesmo padrão. Seria negar as
exigências da inculturação litúrgica. Não vejo mal nenhum em que os católicos,
quando isso é possível, possam escolher as celebrações que sejam, para eles, as
mais significativas e estimulantes. Todas, porém, devem ser suficientemente
abertas para não negarem a sua essência cristã: serem família com quem não é da
família.
(texto completo aqui)
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