terça-feira, 3 de março de 2015

Mudar a religião; o sexo e o género; as histórias mínimas do cinema e a transfiguração de Jesus

Crónicas

No Público de domingo passado, frei Bento Domingues escreve o seu segundo texto com o título Mudar radicalmente a religião, a propósito da liderança reformadora do Papa Francisco:

O Papa Bergoglio não está preocupado em resolver os problemas que Jesus enfrentou há dois mil anos. Isso já está feito. Mas ao seguir a mesma lógica, a prática deste Papa está a encontrar um grande entusiasmo, mas também grandes resistências nos interesses instalados. Recorro às suas palavras: Jesus, novo Moisés, quis curar o leproso, quis tocá-lo, quis reintegrá-lo na comunidade, sem se autolimitar nos preconceitos; sem se adequar à mentalidade dominante do povo; sem se preocupar de modo algum com o contágio. Jesus responde à súplica do leproso sem demora e sem os habituais adiamentos para estudar a situação e todas as eventuais consequências. Para Jesus, o que importa acima de tudo é alcançar e salvar os afastados, curar as feridas dos doentes, reintegrar todos na família de Deus. E isto deixou alguém escandalizado! (...) Não parece que Bergoglio ande muito assustado.
(o texto pode ser lido na íntegra aqui)


Sexta-feira, no CM, Fernando Calado Rodrigues dava conta da criação do “Cenáculo do Papa”. Com o título Em torno do Papa, escrevia:

Walter Kasper, Francesco Coccopalmerio e Gualtiero Bassetti, cardeais próximos do Papa, agregaram a si outros clérigos e leigos, homens e mulheres, teólogos e jornalistas, e organizam-se para difundir as ideias do Papa cerrando fileiras contra os “lobos” que continuam a acossar o líder da Igreja Católica – relata o sítio de informação religiosa “Religión Digital”, que classifica esta iniciativa como um “clube de defensores das reformas de Bergoglio”.
(o texto pode ser lido na íntegra aqui)


No DN de sábado, Anselmo Borges escrevia Sobre sexo e género:

Fixo-me por agora na Igreja Católica. Esta é hoje a única instituição verdadeiramente global, mas ferida pela submissão das mulheres e pelo não reconhecimento da igualdade de direitos com os homens. Jesus tratou bem as mulheres e elas podem e devem estar-lhe gratas, pois foi alguém que contribuiu decisivamente para a sua história de emancipação libertadora. Quanto à Igreja, porém, compreende-se a sua crítica e mal-estar. As lutas gnósticas e a sua influência negativa, a doutrina do pecado original e as suas consequências, nomeadamente na compreensão da Eucaristia interpretada como sacrifício, exigindo a pureza ritual, a Igreja constantiniana enquanto instituição de poder levaram a uma discriminação das mulheres que não é de modo nenhum consentânea com o Evangelho de Jesus.
(o texto pode ser lido na íntegra aqui)


No comentário aos textos da liturgia católica de domingo, Vítor Gonçalves relacionava os Óscares 2015 e o episódio da transfiguração de Jesus e escrevia, na Voz da Verdade, sob o título Histórias mínimas:

O lugar dessa transformação é a nossa vida quotidiana e pouco espectacular (ou afinal, mais espectacular do que pensamos), onde há desafios e problemas, erros e aprendizagens, mal e bondade, cruz e também ressurreição. Podemos escrever histórias mínimas, não ficar com o nome impresso em papel ou no mármore, poucos lembrarem a nossa falta, mas no coração de Deus todos estamos gravados. E certamente a importância de cada pessoa nunca pode ser avaliada pelo próprio. Só nos pede Deus uma coisa: que amemos a vida ao jeito de Jesus! E nenhuma história será mínima!
(o texto pode ser lido na íntegra aqui)



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