No
dia em que a Igreja Católica celebra a Anunciação, 13 mulheres, escritoras e
actrizes, lêem poesia inspirada no lado feminino do mundo. A iniciativa, que
pretende também evocar as mulheres como povo de Deus, decorre na Capela do Rato,
em Lisboa, a partir das 21h30 desta segunda-feira, dia 25. Intervêm na sessão Alice Vieira, Carla Chambel, Carminho,
Cleia Almeida, Filipa Leal, Glória de Matos, Leonor Xavier, Lia Gama, Maria
Barroso, Maria do Rosário Pedreira, Maria Teresa Horta, Suzana Borges e Teolinda
Gersão.
Antes da leitura de poemas, será feita uma apresentação da
sessão pelo padre José Tolentino Mendonça e haverá uma curta intervenção de Ana
Vicente, do movimento Nós Somos Igreja.
Fica aqui, como aperitivo, um poema de uma das
autoras que serão lidas nesta iniciativa:
Eu te amo, homem, hoje como
toda vida quis e não sabia,
eu que já amava de extremoso amor
o peixe, a mala velha, o papel de sede e os riscos
de bordado, onde tem
o desenho cômico de um peixe – os
lábios carnudos como os de uma negra.
Divago, quando o que quero é só dizer
te amo. (…)
Aprendo. Te aprendo, homem. O que a memória ama
fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.
Te alinho junto das coisas que falam
Uma coisa só: Deus é amor. (…)
(Adélia Prado, Para
o Zé, in Poesia Reunida; ilustração: Ilda David', Cântico dos Cânticos)
11 comentários:
Abortistas convidadas para falar em Capelas? Só não convidam a Margaret Sanger porque já morreu, senão era a oradora principal.
E já agora, hoje a Igreja Católica não celebra a Anunciação, estamos na Semana Santa.
Que eu saiba, a Igreja foi sempre (deve ser) um lugar de acolhimento para todos. Ainda há dias, no encontro com os jornalistas, o novo Papa disse: "De coração vous dou esta bênção em silêncio, respeitando a consciência de cada um, mas sabendo que cada um de vocês é filho de Deus." Ou o meu caro João Silveira não acredita nisso?
Caro António Marujo,
Quando convidarem neo-nazis para falarem numa capela sobre a sua mundivisão veremos se mantém essa sua "abertura".
Eu acredito, e sei, que o aborto é a morte duma criança inocente, e que é o crime mais horroroso que se pode cometer, muito pior do que qualquer tipo de racismo.
Em minha casa só entra quem vem por bem.
A Igreja deve estar aberta ao mundo mas o mundo tem que respeita-la. Não é o caso de algumas destas mulheres.
A Igreja também é a minha casa. As feministas radicais atacam sistematicamente a Igreja e os seus valores. Atacam a mulher consagrada à vida e ao Amor a Cristo. Não há lugar entre o povo de Deus para gente desta antes de se converterem e arrependerem de coração contrito.
Hoje há veladas pela vida onde se reza para salvar os bebés e as mulheres que algumas destas senhoras querem matar e ferir.
Em meu nome não são bem vindas, e ainda por cima no tempo solene da Paixão do Senhor!Ultrajante!
Carlos Fernandes
António Marujo,
A Igreja Católica deve ser, sem dúvida, lugar de acolhimento para todos, sem excepção. Incluindo católicos manifestamente herges. Todavia, não necessariamente para lhes dar o púlpito, microfone ou para lhes permitir fazer "intervenções", mesmo que curtas.
Eu não consigo compreender porque é que se abririam capelas católicas para estas serem usadas como local de propaganda anticatólica.
Espero que isso não aconteça, e que este evento de poesia se fique pela poesia, e não entre pela teologia herética do "Nós Somos Igreja".
Um abraço!
Bernardo Motta
António Marujo..., o que o João Silveira disse, não contradiz o que o Santo padre afirmou. Até os maiores déspotas deste mundo..., muitos deles socialistas, erram/são filhos de Deus, que nunca lhes virou as costas. O certo, é que a Igreja está de portas abertas para todos, desde que venham com recta intenção, com arrependimento. Ora acontece que quem defende a matança de Seres Humanos, frágeis e inocentes, não é uma pessoa de Bem e algumas das enunciadas, além de abortistas, são eugenistas e militam no mundo político do Estalinismo..., e não me consta que estejam arrependidas, como o Zita Seabra que é das poucas pessoas em cuja mudança acredito..., as outras não passam de hipócritas, de sepulcros caiados de branco.
E podia dar-lhe muitos exemplos da hipocrisia dessa gente.~
Uma Santa Páscoa para todos e peçamos ao Senhor que nos ilumine, que nos ensine a distinguir o trigo do joio.
Pactuar com o Mal, é fazer o Mal.
Esperemos que a "moderação" não tenha um "lápis vermelho".
Caro António Marujo,
O acolhimento, como o de Cristo à mulher adultera, vai acompanhado de um "não tornes a pecar"... ou entrámos num sincretismo em cabe tudo.. menos os que continuam a combater o aborto e outros crimes, como males absolutos? Nessa medida, estou curioso para saber se esta noite na Capela do Rato serão essas insignes poetisas ou actrizes convidadas a amar também as vidas apenas concebidas. Tal não colide com o acolhimento cordial a quem activamente defendeu a morte de vidas concebidas, mais do que anunciadas.
A Ignorância destoa mais que o mau cheiro, a léguas! Depois chamam aos que tem o conhecimento de Deus, contido no Antigo e Novo Testamento, de protestantes. Claro que temos que vos protestar! Pois manifestais as vossas aspirações, como sendo preceitos de Deus, quando não passam de vãs aspirações. Mas porque não aspirais para vós o que o próprio Deus aspira? Afinal ele é omnisciente! Sabe tudo! Até mesmo o que é melhor para cada um de nós, individualmente e coletivamente: Confie! Confiar é ter FÉ. A igreja está cheia de falsas beatas e doutrinas falsas criadas pelos homens com intenções lucrativas, como evangelho da prosperidade, campanha, comércio envolvendo o nome do Senhor, música gospel e outras falácias que vem em decorrência do aparecimento degenerado de tantas vãs doutrinas e preceitos ilusórios sem fundamento no Evangelho de Cristo.
Bom, reparo que este blogue é lido entusiasticamente por um grupo de pessoas que se mobilizou para comentar dois textos muito concretos. Pena que não tenham reparado no texto que entretanto foi publicado, a "carta aberta ao sr. Belmiro de Azevedo", que também tem a ver com o direito à vida. Ou essa vida que tanta gente hoje está proibida de viver não vos interessa?
Para já, publiquei os comentários (com excepção dos anónimos e dos que apenas assinavam com um nome ou dos que teciam considerações injuriosas sobre outras pessoas); reservo-me o direito de, com as outras pessoas que gerem este espaço, eliminar posteriormente algum destes comentários que eventualmente consideremos que entra em alguma destas categorias. E talvez escreva uma resposta mais concreta a alguns destes argumentos. Mas já entendi que estas pessoas só se ouvem a si mesmas. É pena.
Eis como se responde às criticas feitas a um determinado assunto, citando outro texto entretanto colocado e que nem de longe nem de perto tem a ver com o facto de defensoras do aborto poderem ter "púlpito" numa capela católica.
Esperemos que se tenham ficado pela poesia e que mesmo esta não tenha sido "panfletária" contra a Doutrina da Igreja Católica.
Lembro que o Papa Francisco foi claríssimo na sua condenação ao aborto, para que não haja dúvidas.
Um dos comentários não publicado era meu. Não tinha qualquer insulto e estava prefeitamente identificado com o meu perfil no blogger.
Repito o que então escrevi, (mais ou menos, claro)
O acolhimento da Igreja, que é um dom da Igreja que deve ser sempre exercido, não inclui obviamente, dar "palco" a posições contra a Doutrina, feitas dentro de capelas da Igreja Católica.
Desta vez assino então.
Joaquim Mexia Alves
Caro António Marujo
Nem saberíamos deste blog se não fosse este evento que consideramos de muito mau gosto. Claro que o António faz o seu trabalho que entendemos e respeitamos. Quanto ao Dr. Belmiro e às suas palavras, obviamente que são escandalosas. Obviamente que para o PPV, defender a vida passa também por defender a sua dignidade. Desde a concepção até à morte natural. É exactamente isso que fazemos, mas começamos pelo princípio que é o mais ameaçado neste momento. São mais de 100 mil mortos neste holocausto. Chamam-nos radicais, mas também chamaram aos defensores do fim da escravatura. Somos radicalmente contra a morte de inocentes indefesos assim como eles eram sobre a propriedade de uma vida humana. É tremendamente desumano e cruel matar um bebé num lugar que supostamente deveria ser o mais seguro. É isso que estas mulheres advogam. Isto é inadmissível e vergonhoso!
Que a Igreja acolha no seu seio, nas suas igrejas estas senhoras, isso é lá com quem o fez, e dará as contas devidas a quem de direito, mas o PPV apoia os protestos a este evento, vindo eles de católicos ou não.
Gostávamos também de saber se quem organizou este evento está disposto a convidar os movimentos pro vida para uma iniciativa cultural na capela do Rato. Ou se o António Marujo está disposto a dar a devida importância à Comissão pro Referendo Vida, ao Portugal Pro Vida, à Federação Portuguesa da Vida, aos movimentos pro vida, à Marcha da Vida, etc... Parece-nos que isso não vai acontecer. O mesmo assunto, dois tratamentos!
Com os melhores cumprimentos,
PPV, Portugal Pro Vida
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