Crónica
"Tantas vezes, em nome
de um – embora legítimo – conceito de estrutura familiar, promove-se a
marginalização e remete-se para segundo plano o que é, afinal, o plano
primordial. A fecundidade da pessoa – a sua plenitude enquanto “ser” que só é
na relação, disponível para a oportunidade do Outro, num “nós” a redescobrir
entre fragilidades e contextos – deve prevalecer sobre qualquer outra
fecundidade ou hermenêutica. O pensamento religioso, mesmo com as amarras de
uma doutrina, pode revelar-se como processo para uma equação integrada de
valores. Ainda e sempre, uma Procura mais que uma chegada, abrindo a experiência
religiosa à “estupefação” de um Encontro, que começa num acolhimento, tornando
absurdas algumas discussões estéreis, como a de saber o que é, não é ou devia
ser a família."
Sem comentários:
Enviar um comentário