Crónica
Se a Igreja não é o Papa, como o Papa não é a Igreja, a manifestação de fé experimentada há uma semana enquadra uma Igreja católica ainda compreensível a partir da cadeira de Pedro. A linguagem mediática, emotiva e consensual, arrasta estereótipos e impõe códigos de compreensão. A comunicação é uma “ciência sagrada”, diz o cardeal de Nova Iorque Timothy Dolan, um comunicador experiente. A popularidade do Papa é determinante para o catolicismo.
Se a Igreja não é o Papa, como o Papa não é a Igreja, a manifestação de fé experimentada há uma semana enquadra uma Igreja católica ainda compreensível a partir da cadeira de Pedro. A linguagem mediática, emotiva e consensual, arrasta estereótipos e impõe códigos de compreensão. A comunicação é uma “ciência sagrada”, diz o cardeal de Nova Iorque Timothy Dolan, um comunicador experiente. A popularidade do Papa é determinante para o catolicismo.
As canonizações simultâneas de João Paulo II e João
XXIII sustentam esta dependência em relação à figura de um papa comunicador e
popular, mas têm uma leitura que vai além do imediato. (...)
O
sentido da atualização do papa Bergoglio, estará a retomar a intuição – aggiornamento – de João XXIII.
Tornar a Igreja mais inclusiva com a dinâmica da misericórdia e elevar o
discurso social. Neste sentido, diante de uma Europa politicamente fragilizada,
potenciado pela simplicidade e pela coerência, sem uma estratégia mediática
convencional, Francisco ocupa um quase vazio. E enquanto tremem alicerces, não
falta na Igreja quem faça uso estratégico da espontaneidade do papa argentino,
jesuíta de formação. Para o exaltar ou para o diminuir, entre o entusiasmo e a
recusa, com mais ou menos subtileza.
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