(Pentecostes, Evangelho Arménio, 1455;
Walters Art Museum’s Works of Art;
ilustração reproduzida daqui)
O comentário de Vítor Gonçalves aos
textos da liturgia católica deste domingo é, desta vez, um poema com o título Chamo-Te, Espírito Santo:
Vem
dar beleza à nossa presença no mundo, e afinar o nosso canto de amor!
Chamo-Te
Espírito-Óleo-Perfume, que curas e encantas,
penetras
para revigorar, e difundes-te para consolar.
Renovas
a força do abatido e perfumas graciosamente a vida.
Tu
que ungiste profetas, reis e sacerdotes,
e
também doiraste as nossas frontes,
Vem
curar-nos tristezas e doenças, para dar a todos o perfume de Cristo!
(o texto pode ser lido
aqui na íntegra)
Sobre o tema do Pentecostes,
João Madureira compôs há quatro anos uma Missa intitulada Vento, acerca da qual escreveu o compositor:
Prefiro
pensá-la enquanto constelação, e gosto de rejeitar qualquer conceção evolutiva
da minha produção, em que cada momento surge como confirmação ou desmentido do
momento anterior. Procuro um todo de várias “linguagens” particulares,
naturalmente ligadas entre si pela sua intenção expressiva, e não pelos
recursos técnicos utilizados. Isto implica um novo olhar sobre o conceito de “linguagem
musical”: tonalismo, modalismo, pantonalismo, dodecafonismo, serialismo,
minimalismo e espectralismo, sendo então apenas modos particulares de
articulação de uma mesma expressão que a todos está subjacente.
(o texto do compositor
sobre a sua obra pode ser lido aqui, onde também se pode ouvir um excerto da Missa
e seguir ligações para outros excertos e textos)
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