sábado, 21 de junho de 2014

Celibato e liberdade, missa e eucaristia

Crónicas

Na sua crónica no DN deste sábado, Anselmo Borges escreve sobre O celibato não é dogma:

As razões para impor o celibato obrigatório foram múltiplas: imitar os monges e o seu voto de castidade, não dispersar os bens eclesiásticos, evitar o nepotismo, a desconfiança em relação ao corpo, ao sexo e ao prazer, manter os padres e os bispos mais disponíveis para o ministério. Determinante foi a reinterpretação da Eucaristia, que era um banquete em memória da Última Ceia e dos banquetes de Jesus enquanto experiência da presença do Reino de Deus, como sacrifício. Esta concepção sacrificial pôs duas questões cruciais e desastrosas: por um lado, é contraditória com a revelação de que Deus é Amor incondicional, Pai querido, Mãe querida, que não precisa de sacrifícios, mas de misericórdia, e, por outro, impôs o sacerdote, embora a palavra hiereus (sacerdote), no Novo Testamento, tenha sido evitada, e a consequente pureza ritual, com o celibato. As mulheres, evidentemente, dada a impureza ritual, ficavam definitivamente excluídas.
(texto integral disponível aqui)


No comentário às leituras da liturgia católica deste domingo, publicado na Voz da Verdade, Vítor Gonçalves analisa como se é difícil passar Da missa à Eucaristia:

A festa do “Corpus Christi” que hoje celebramos é oportunidade para uma maior vivência “eucarística” de cada um de nós e das nossas comunidades. Não seria importante reflectir sobre o que faz aproximar ou afastar os cristãos das nossas eucaristias? A iniciação cristã das crianças e da catequese em geral como desperta e fortalece a alegria deste encontro que Jesus realiza para nós e connosco? O Concílio Vaticano II disse que a eucaristia “é a fonte e o centro de toda a vida cristã”: não haverá algum trabalho, com partilha, diálogo, criatividade, e ousadia, que é importante fazer? A vida que Jesus nos dá na Eucaristia como transforma a nossa vida?
(texto integral disponível aqui)



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