Crónicas
Na sua crónica no DN deste sábado,
Anselmo Borges escreve sobre O celibato não é dogma:
As razões para impor
o celibato obrigatório foram múltiplas: imitar os monges e o seu voto de
castidade, não dispersar os bens eclesiásticos, evitar o nepotismo, a
desconfiança em relação ao corpo, ao sexo e ao prazer, manter os padres e os
bispos mais disponíveis para o ministério. Determinante foi a reinterpretação
da Eucaristia, que era um banquete em memória da Última Ceia e dos banquetes de
Jesus enquanto experiência da presença do Reino de Deus, como sacrifício. Esta
concepção sacrificial pôs duas questões cruciais e desastrosas: por um lado, é
contraditória com a revelação de que Deus é Amor incondicional, Pai querido,
Mãe querida, que não precisa de sacrifícios, mas de misericórdia, e, por outro,
impôs o sacerdote, embora a palavra hiereus
(sacerdote), no Novo Testamento, tenha sido evitada, e a consequente pureza
ritual, com o celibato. As mulheres, evidentemente, dada a impureza ritual,
ficavam definitivamente excluídas.
(texto integral
disponível aqui)
No comentário às leituras da liturgia católica deste domingo, publicado
na Voz da Verdade, Vítor Gonçalves
analisa como se é difícil passar Da missa à Eucaristia:
A festa do “Corpus Christi” que
hoje celebramos é oportunidade para uma maior vivência “eucarística” de cada um
de nós e das nossas comunidades. Não seria importante reflectir sobre o que faz
aproximar ou afastar os cristãos das nossas eucaristias? A iniciação cristã das
crianças e da catequese em geral como desperta e fortalece a alegria deste
encontro que Jesus realiza para nós e connosco? O Concílio Vaticano II disse
que a eucaristia “é a fonte e o centro de toda a vida cristã”: não haverá algum
trabalho, com partilha, diálogo, criatividade, e ousadia, que é importante
fazer? A vida que Jesus nos dá na Eucaristia como transforma a nossa vida?
(texto integral
disponível aqui)
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