quarta-feira, 18 de junho de 2014

Trindade, Médio Oriente e um diamante



Santíssima Trindade, vitral de Almada Negreiros 
na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa

Crónicas

Ponhamos a escrita em dia, relativamente às crónicas de imprensa das últimas duas semanas. A celebração cristã da Santíssima Trindade foi tema para a crónica de Vítor Gonçalves. Deus surpreendente é o título do texto na Voz da Verdade de 15 de Junho:

Apreciando o esforço intelectual que nos leva sempre mais perto do mistério (quando é busca humilde e aberta) creio que são os pintores, os poetas, os músicos, os artistas,… enfim, quem melhor nos aproxima deste “ver Deus como Ele é”, prometido por S. João (cf. 1 Jo 3, 2). Como não ficar maravilhado perante o ícone da Trindade de A. Rublev, os poemas de S. João da Cruz, ou as melodias de Hildegarda de Bingen? Há um dinamismo de alegria e de festa quando se fala da Trindade ou quando se procura representá-la, pois é esse o dinamismo de amor das Pessoas Divinas, como um abraço de amor em que se entrelaçam. Disse um dia Nietzche: “Só acreditaria num Deus que soubesse dançar!” 
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O mesmo tema, sob o título Poderemos viver juntos?, foi o ponto de partida para frei Bento Domingues, no Público de dia 15:

Jesus Cristo testemunhou, em expressões escandalosamente familiares, que Deus – limite de todos os conceitos - não é solidão. Quando Tertuliano cunhou a palavra trindade pretendia dizer que Deus é a misteriosa coincidência da máxima unidade na máxima diversidade, a insondável comunhão de relações pessoais de conhecimento e amor.
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Na semana anterior, frei Bento perguntava De que Espírito Somos?:
Nos Actos, não há clivagem entre o espiritual e o material, a vida interior e as relações sociais. O sinal mais inequívoco da presença actuante do Espírito Santo é a partilha dos bens espirituais e materiais. Nunca haverá boa partilha de uns sem a partilha dos outros. O Papa, arreliado com as histórias em torno do Banco do Vaticano, disse numa das Missas matinais, em Santa Marta, que S. Pedro não tinha conta bancária. 
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Nas duas últimas crónicas no DN, Anselmo Borges analisava ainda as declarações e consequências da viagem do Papa à Jordânia, Palestina e Israel. A 14 de Junho, escrevia, sobre Jerusalém e Roma:

O conflito do Médio Oriente é sobretudo político. Mas lá não haverá paz enquanto os membros das três religiões monoteístas, que se reclamam de Abraão, se não tornarem politicamente activos, impedindo o fanatismo religioso. Com base nos seus livros sagrados - Bíblia hebraica, Novo Testamento, Alcorão -, judeus, cristãos e muçulmanos devem reconhecer-se mutuamente e lutar a favor da paz. Esta é a mensagem de Roma para Jerusalém.
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Na semana anterior, sobre A entrevista de Francisco no avião, escrevia:
Sobre o encontro de amanhã, no Vaticano, de Abbas e Peres: trata-se de um dia de oração juntos, sendo preciso "negociar com honestidade, fraternidade, muita confiança". Sobre Jerusalém, a Igreja Católica já estabeleceu a sua posição, a partir do ponto de vista religioso: "A capital das três religiões. Uma cidade santa, de paz, de religião." Aqui, lembro o facto de, no acordo das Nações Unidas em 1947, para lá dos dois Estados soberanos, constar "a internacionalização de Jerusalém sob a administração das Nações Unidas".
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No Correio da Manhã de dia 13, Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre O diamante Taizé:
Mas este é, de facto, um local especial. Onde é possível um pastor protestante desempregado abeirar-se de um sacerdote católico paramentado e pedir-lhe que o abençoe para que Deus o ajude a encontrar emprego. Onde se vive e respira o acolhimento e a reconciliação. Onde o ritmo diário é marcado pelos sinos que convocam milhares de pessoas à oração na Igreja da Reconciliação, de manhã, ao meio da jornada e ao fim do dia.
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