segunda-feira, 7 de novembro de 2016

300 anos depois, para que serve o título de patriarcado?


Vista do Paço da Ribeira, em Lisboa, onde se situava a Capela Patriarcal, 
destruída pelo terramoto de 1755 (ilustração reproduzida daqui)

Portugal desempenhava, há 300 anos, um papel muito importante no quadro europeu e na missionação católica. Foi nesse contexto que o Papa Clemente XI decidiu atribuir à Capela Real o título de “patriarcal” – que, 24 anos depois, seria alargado a toda a diocese, que passou assim a ser patriarcado.
A propósito da efeméride, publico um texto na edição de hoje do DN, onde procuro reflectir o significado que pode ter, hoje, o título de patriarcado para uma diocese. Ele “só pode ter um sentido renovado na medida em que a evangelização for o horizonte dos católicos. E não se deve supor que assim seja, já que é para isso que o cristianismo existe? Sim. Mas a pergunta deverá incidir sobre o modelo de evangelização a propor.” (O texto pode ser lido na íntegra aqui)
Na mesma edição, o DN recorda, com uma entrevista ao patriarca de Lisboa, o contexto da atribuição do título de “patriarcal” à Capela Real de D. João V e a importância que Portugal desempenhava, na Europa e na Igreja Católica da época. (A entrevista pode ser lida aqui.)
A propósito da mesma evocação, decorrerá nos dias 25 e 26 de Novembro, no Palácio da Ajuda (Lisboa), o colóquio “Novas grandezas que já pareciam impossíveis à imaginação”: a música e as artes visuais na Patriarcal de Lisboa (1716-1834). Organizado pelo Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e pelo Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igrejao colóquio inclui (às 18h30 de dia 25, sexta) um concerto comemorativo do 10º aniversário da Capella Patriarchal, com direcção de João Vaz. O programa completo da iniciativa pode ser consultado aqui.

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