sábado, 26 de novembro de 2016

Não lembra ao Menino Jesus; ou Que(m) esperamos?

Uma estreia nas crónicas do RELIGIONLINE: num comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, o padre redentorista Rui Santiago fala do comércio que nos come as papas na cabeça, neste início de Advento (ou melhor, já desde o meio de Outubro...). No blogue Derrotar Montanhas, Sob o título Não lembra ao Menino Jesus, escreve:

Não fosse o comércio a comer-nos as papas na cabeça, e não andaríamos por aí continuamente a dizer que o Advento é o tempo de preparação para o Natal! Foi o comércio que inventou essa, porque nos quer metidos nas natalices até ao pescoço e o mais cedo possível. 
Vi as primeiras decorações de Natal a meio de outubro, numa loja do centro do Porto, e já recebi esta semana - palavra de escuteiro! - uma mensagem de Feliz 2017. Parece que não nos é mais permitido viver nenhum Hoje. Há uma avalanche que nos leva sem darmos conta, como se andássemos a ser cevados por tratadores dum matadouro qualquer. Uma das formas de dormência actual é esta hipnose colectiva, esta náusea gerada pela pressa e pela pressão. 
(texto para continuar a ler aqui)

Vítor Gonçalves escreve, sob o título Que(m) esperamos?:

Entramos de novo em Advento, início dum novo ano litúrgico. Não é um ciclo de eterno retorno, mas a espiral ascendente do tempo cristão, que faz de cada dia o “tempo favorável”, como lembra S. Paulo aos Romanos: “Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé” (13, 11). Talvez seja esta uma palavra de esperança para a assembleia sinodal da Diocese de Lisboa que decorre neste início de Advento. Mas como na escola, no trabalho, na família e na vida, a grande diferença será entre a espera que pode acontecer sem nós e a esperança que irá ter a nossa marca! O que escolhemos?


(Ilustração de Bernadette Lopéz, Berna, reproduzida daqui)

Publicação anterior no blogue
Uma penitência católica pela eleição de Trump - sobre o modo de estar católico em algumas questões políticas, tomando o caso dos EUA


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