quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Código genético do cristianismo (3)

Crónica

Na sua crónica de domingo passado, no Público, frei Bento Domingues escreve a terceira parte da reflexão sobre o código genético do cristianismo:

O código genético do Cristianismo, na sua nascente e nas suas configurações históricas, brota do monoteísmo trinitário que as religiões do Livro – Judaísmo e Islão – consideram impuro e ao qual não pode renunciar sem cair no deus abstracto do deísmo, da metafísica das Luzes e que infeccionou a catequese e a pregação do séc. XIX.
No Vaticano II, D. Hakim, bispo grego-melquita de Akka, denunciou os esquemas da teologia latina, por ignorarem a catequese e a teologia orientais de Cirilo de Jerusalém, de Gregório Nazianzeno e Gregório de Nissa, de Máximo Confessor e de João Crisóstomo. Com a mesma preocupação, na Assembleia Geral do Conselho Mundial das Igrejas, em Upsala (1968), o notável bispo I. Hazim (1920-2012), mais tarde Patriarca de Antioquia, fez uma intervenção inesquecível. (...) Este cristão mostrou que o seu discurso não era retórica vazia. Depois da sua eleição como patriarca, disse o que gostaríamos de ouvir a toda a hierarquia: “Serei julgado se não levar a Igreja e cada um de vós no meu coração. Não me é possível falar convosco como se fosse diferente de vós. Nenhuma diferença nos separa. Sou uma parte de vós; estou em vós e peço-vos que estejais em mim. Pois o Senhor vem e o Espírito desce sobre os irmãos reunidos, unidos em comunhão, manifestando uma diversidade de carismas na unidade do Espírito.”
(...) afinal, que implicações espirituais tem a fé na misteriosa trindade de Deus, na transformação da nossa vida na Igreja e na sociedade?
(O texto completo pode ser lido aqui.)


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