José
Menéres Pimentel, antigo provedor de Justiça, morreu quinta-feira passada, com
85 anos. O seu obituário não mereceu mais do que curtas linhas nas diferentes
redacções.
O
que é pena, porque Menéres Pimentel, que foi também ministro da Justiça e
presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, merecia mais, pela forma como
sempre esteve na vida pública: homem discreto, cristão convicto, exerceu as
suas funções com um autêntico espírito de serviço. Exemplos destes deveriam ser
destacados, como forma de nos recordar que é possível estar na política e na
vida pública de forma inteira.
Num
depoimento no “Público”, Esther Mucznik recorda a sua figura:
“aprendi a conhecer,
a admirar e a estimar um homem para quem a liberdade, a democracia e a abertura
de espírito não eram meras palavras. Aprendi o que significa na prática ser ‘social-democrata’,
espécie hoje em vias de extinção. Aprendi que a modéstia é apanágio dos homens
grandes, a afabilidade um convite ao diálogo. Menéres Pimentel ouvia primeiro,
depois tirava as suas conclusões.
O texto pode ser
lido na íntegra aqui.
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